O problema é muito antigo e advém de uma imposição econômica: basta que venha um jogo decisivo do Fluminense e logo surgem notícias negativas sobre o clube, ou distorções históricas a respeito dos feitos das Laranjeiras, nos mais diversos formatos. Nesta semana é ainda pior; afinal, o adversário é o nosso eterno vice.
Se um amigo tricolor me pedisse uma opinião ou conselho sobre como agir diante das farsas transformadas em notícias, minha resposta seria de uma simplicidade enorme: ignorar solenemente essas bobajadas que são disparadas pelas manchetes (cada vez mais cheias de erros de Português). Aliás, o mundo vive um excesso de oferta de opiniões, a maioria delas absolutamente inútil e fruto de caça-likes em busca de notoriedade, o que também atinge o futebol.
Que importância tem um eventual jornalistazinho que despreza o campeonato do gol de barriga? A mesma do sujeito que no passado berrava orgulhosamente sobre o “título de pentacampeão da Taça Guanabara” e que, agora, faz pouco caso do troféu quando ele repousa em Álvaro Chaves.
Resumindo: nenhuma. No máximo, merece uma banana feita com os braços, singela e elegante. Nada que tire vinte segundos de sono.
Os campeonatos brasileiros de 2003 para cá deixaram de ter importância porque não tiveram um jogo final? Patético.
Em 2006, cansado de ver o nosso Tricolor sendo diariamente ultrajado pelos meios de comunicação, resolvi escrever minhas próprias crônicas, esperando que em vinte ou trinta anos eu pudesse lançar um livro sobre o clube, mesmo que ninguém viesse a ler. A coisa se tornou tão divertida que, por conta dos meus esforços literários, acabei me tornando um dos escritores mais publicados da história do Fluminense e do futebol brasileiro, pelo que sou imensamente grato. É legal, dá satisfação pessoal, é uma contribuição para o meu clube de coração, os livros vão ficar por aí e é só. Imagine então o destino destas bobagens de jornais, que não servem mais nem para embrulhar o filé de viola na feira, já que ninguém compra na banca? Lixo eletrônico, na mesma via expressa dos tuítes quintas-colunas.
O resumo da ópera: o Fluminense vai se classificar logo mais e é favorito para a conquista do Carioca 2017. Se vai acontecer ou não, saberemos em pouco mais de dez dias. Estamos tranquilos, confiantes, mas com a humildade de sempre. Ao contrário do que costuma acontecer do lado de lá, para nós todos os rivais merecem respeito.
Agora, o que dizer de um time que, em catorze disputas de um determinado campeonato, tenha vencido onze e feito seu principal adversário de vice em todas elas? Não é o destino, mas simplesmente a história. Aí estão os heróis das Laranjeiras que não me deixam mentir.
Todo dia o gol de barriga passa nas chamadas do SporTV, e aí sim eu consigo ver importância. Faz todo sentido.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap/curvelo
Excelente como sempre. Abraço
A entrevista coletiva do tecnico do Palmeiras logo depois que li esta coluna, mostra o quanto ela e atual e real.
Infelizmente o jornalismo esportivo se resume a duas coisas: elogiar Flamengo e Corinthians ou debater sobre como Flamengo ou Corinthians podem sair de uma situacao de crise.
Falar sobre outro clube deixa evidente a falta de respeito e conhecimento da classe jornalistica.
O jornal é que o mal se espalha. Ontem a Fox falou a mesma coisa. Além de nunca falarem das vezes em que ganhamos finais deles. Ainda bem temos você é o Panorama, oExplosap, Flunews, o tricolor, NetFlu e todos os outros que não deixam nossa História pra trás e elevam a auto estima tricolor. Temos então um bananal. Rsrs
Perfeito
De uma singela banana pra fla-press
tipo aquela do Pintinho naquele FLU 3xo fra [Pintinho,Galaxe e Cristovao]
ganhar fraxFLU e normal
Aquela banana do Pintinho em 1979 foi sensacional.