Chiquinho Zanzibar, as confissões de Cindy e Mister Fofoca (por Alva Benigno)

I – O RELATO

Recebi por e-mail o relato abaixo, vindo de uma celebridade tricolor que, por motivos pessoais, ainda está inside e prefere manter sua identidade em sigilo, tendo em vista sua suposta longa relação íntima com Francisco da Zanzibar Y Zanzibar. Por ocasião desta publicação, escolheu o nickname Cindy.

Depois de ter lido o relato, procurei Chiquinho para seu direito de resposta. O decano do club limitou-se a dizer o seguinte:

“Alva, nada disso tem a menor importância. É tudo uma bobagem. Todos sabem que sou um homem de bem, casado, com família, que paga seus impostos e que venceu na vida por seus próprios méritos (sic). Sou um baluarte do club, tenho berço, tradição, não nasci à custa de fofocas. Nada tenho a dizer sobre um fofoqueiro mal resolvido que porventura malverse meu nome a troco de au-audiência. Para terminar, uma sentença definitiva: o que falam de mim são calúnias, meu bem. Eu parei. Não tenho nem tive qualquer intimidade com blogueiros, blogayros ou o que quer que seja, inclusive desse blog aí onde você escreve. Eu tenho um sobrenome a zelar (sic), em nome de Deus contra a corrupção que açola (sic) este país.

Ao conversar com meu amigo Mister Fofoca, ele deu outra interpretação à pauta, que transcrevo mais abaixo. Não deixa de ser engraçado que Chiquinho diga abominar fofocas e seja defendido justamente por um fofoqueiro, mas assim é o way of life do nosso vilão (ex-)gay predileto.

Para finalizar, insisti novamente com Zanzibar, que fez um segundo e definitivo pronunciamento.

II – AS PALAVRAS DE CINDY

“CONHECI ZanziBee pela internet em um chat do UOL há alguns anos. Naquele tempo eu era aspirante a superstar da internet. De cara, tivemos afinidade e começamos a conversar bastante. Tempos depois passamos para o MSN e daí surgiu um encontro em Copacabana.

Gostei do jeito como ele lidava com as pessoas, sempre com ar imponente, superior, um verdadeiro lorde, um príncipe desfilando por entre os plebeus. Ao vê-lo, eu imediatamente pensava na figura de um pavão misterioso, um pássaro formoso que me levasse a cruzar os céus até finalmente poder aterrissar no club e ter o meu valor reconhecido.

Zan nunca deu confiança para serviçais, mantendo a distância regulamentar que as pessoas importantes precisam ter do povinho, se querem ser realmente admiradas.

Eu vivia num momento de dúvidas sobre o amor e, sinceramente, fiquei balançado quando ele pegou na minha mão no Bar Corujinha, que fica na esquina das ruas Domingos Ferreira e Hilário de Gouvêa, em Copacabana. Nós dois éramos frequentadores do bar, mas nunca tínhamos nos visto por lá.

O fato é que Zanzi mexeu com meus hormônios e, numa noite qualquer, estávamos num canto quando ele se aproximou e eu tomei a iniciativa de lhe dar um beijo, que foi correspondido maravilhosamente. Foi um roça-roça gostoso e só sei dizer que, meia hora depois, já estávamos transando loucamente num motel da Gomes Freire, no centro da cidade. Eu o fiz bem gostoso primeiro e tínhamos o encaixe ideal. Ele preferia contra-atacar no segundo tempo e eu também gostei. Usávamos sorvete de creme Yopa, biscoitos de maizena, brinquedinhos, tudo. Há quem diga que Zanzi é um homem decadente, mas ele sempre me pareceu muito atraente, tanto que quando transamos pela primeira vez, eu só tinha tido dois casos com rapazes, embora procurasse as mulheres também. Aquela pele curtida, vivida, vincada, roçando nas minhas costa, era um puro êxtase. Claro que o sexo nos uniu, mas não era só isso: Chiquinho é um homem fino, de estirpe, que se distingue dos demais, não é um popular, mas daqueles que se pede autógrafos na rua – um sonho de consumo.

Tivemos um caso que durou alguns anos, embora ele se diga casado com uma mulher que eu nunca vi, chamada Esmeralda. Sempre foi um companheiro amável e danadinho na cama. Rimos muito dessa gentinha por aí. Muita gente fala mal do Chiquinho porque não o conhece de perto, na intimidade, o macho avassalador que também pode ser a fêmea insaciável, o homem dos choques de ordem, decidido, que sabe sobre tudo e todos. Um verdadeiro líder supremo!

Nunca nos encontramos no club. A princípio, ele dizia que tínhamos de ter nosso ninho próprio de amor, nossa Pecadópolis, e também para evitarmos comentários, uma vez que nós dois somos celebridades da torcida e precisamos preservar nossas imagens. Na maior parte das vezes, em Copacabana mesmo ou em charmosas livrarias da cidade. Ele me ensinou a gostar de samba e eu lhe apresentei Billie Holiday e os musicais da Broadway, um luxo só, kkkkkkkkkk!

Ano passado, tivemos um desentendimento por causa da política do club. Em certo momento estivemos juntos, mas depois ele entrou numa composição e, como eu estava até o fim com Agnaldo (Silva? Timóteo? Happybath?), isso nos levou ao afastamento. Não nos falamos desde a eleição e ele nunca mais me mandou nem e-mails nem mensagens no whatsapp.

Alva, te escrevo porque sei que você é muito próxima do Chiquinho e tenho esperanças de que ele leia este pronunciamento. Se ele assumir toda a verdade entre nós, eu terei coragem de também assumir a minha sexualidade, que também pode ser muito bom para a minha audiência, não é, querida? Eu quero meu Zanzi de volta, meu tio, meu vovô garoto, quero viver e desfrutar novamente das aventuras safadinhas da noite underground de Copacabana, escutar novamente as histórias que ele me contava da Katakombe e da Galeria Alaska dos anos 1970. Mesmo que ele não queira mais ficar comigo, só a amizade já me deixaria feliz.

Espero que ele leia esta declaração, ou que você fale com ele. Chiquinho é parte do meu Brasil brasileiro, o meu Brasil que eu quero de volta, longe desses comunistas (não é nada contra você, mas tem uns sujeitinhos com quem você anda que… vou te contar… se bem que aí nesse teu blog tem uns três bofões com quem eu ficaria na hora, kkkkkkkk!), dessa gentinha pobre entrando de chinelos em saguão de aeroporto. Chega de pobreza! É hora da minha geração ocupar os espaços de poder.

Obrigado pela oportunidade,

Cindy”

III – MISTER FOFOCA

Alva, uma mulher inteligente como você não pode cair na esparrela dessa Cindy, que é uma viada muito da safada. Ela fala qualquer porcaria desde que tenha alguma vantagem pessoal. Bicha safada, sonsa, que paga de paladina da verdade mas é uma tremenda mona maloqueira, velha conhecida do baixo astral da rua Taylor. Ela ficou foi louca pelo Zanzibar, achando que ele daria bens a ela (cruzes!) e, como ele a desprezou (tão dizendo por aí que virou macho pegador, eu não acredito mas na vida tudo é possível), agora vem com essa conversinha de madame arrependida. Quem mandou puxar o saco do Agnaldo e acreditar em todas as promessas? Sifu. Tudo bem que esse tal de Zanzibar também não vale nada, é teu amigo, mas putaque pariu, vou te dizer… agora essa Cindy não vale nada, troca até boquete por compartilhamento de postagem. Quem sabe dela é o Filhão; até ele, que é um completo bunda mole, a botou pra correr. Abre teu olho, escritora, que o babado é forte.

IV – ZANZIBAR, DEFINITIVO

Telefonei para Chiquinho e perguntei novamente sobre Cindy. Lacônico, ele disse apenas que me mandaria um video com sua opinião a respeito do blogueiro enrustido em cerca de meia hora, e que seria uma resposta definitiva. Recebi isso no Whatsapp.

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Imagem: beni