Criciúma 1 x 1 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

PARTEUM

Bonito ver o Fluminense jogando para cima fora de casa, com vontade, impetuoso. Logo no começo, aos 15, o primeiro gol tricolor na boa jogada de Richarlisson e melhor ainda no lance final de Wellington, batendo o zagueiro e tocando com categoria. Muito importante marcar gols na condição de visitante, é preciso jogar com inteligência, explorando o regulamento.

Depois, jogo lá e cá, o Flu apanhando muito – rotina -, Douglas podia ter feito o segundo numa cobrança de falta, mas ficou pela barreira. E Júlio César quase fernandenricou, espalmando a bola para cima e fazendo a segunda defesa. Chegadas nas áreas, uma ou outra finalização fora de quadro. O Criciúma ora fechando os espaços na defesa, se resguardando da velocidade da nossa dianteira, ora usando a arriscada tática do impedimento.

Aos 32, Alex Maranhão empatou num belo chute em bobeada da nossa defesa: tínhamos mais jogadores no lance, mas a bola atravessou a área livre para a finalização de frente. A seguir, num excelente corte para evitar o segundo gol, Douglas levou um pancadão no joelho, felizmente sem gravidade.

Nos dez minutos finais, o Tricolor teve a bola, diante de marcação cerrada, mas não realizava grandes infiltrações. Uma boa chance surgiu aos 42, quando Lucas cruzou da direita mas a bola escapou de Dourado, quando este estava livre e de frente para o crime. Muito injusto que a cobrança de falta de Richarlisson, no último lance, não tivesse entrado: passou triscando o ângulo esquerdo.

Atuação de morna para boa, faltando o brilho, bola pra frente. O gramado, excelente. O Criciúma bem mais articulado do que o Flamengo, comparadas as primeiras etapas.

PARTEDOIS

Lucas saiu, Renato em campo. Ele mesmo perdeu um gol feito, cabeceando livre para fora depois de uma cobrança de falta. E Douglas perdeu outro, livre depois de ser alvejado pelo chute errado do goleiro. O Criciúma basicamente fechado em seu campo.

Dois cruzamentos deles entre os 10 e os 20, nós com o mesmo ritmo mas sem as penetrações rápidas que têm marcado as vitórias tricolores em 2017. Aos 24, chutaço de Ricardinho no canto esquerdo, defesaço de Júlio César para escanteio. E Pedro no lugar de Dourado. O garoto quase marca, ao chutar praticamente sem ângulo após entrar na área pela esquerda. Mais outro, livre, livre, com defesa do goleiro Edson depois do bom cruzamento de Richarlisson.

Um susto: por pouco Henrique não fez um incrível gol contra, ao cabecear para trás e a bola passar rente à trave esquerda.

Última cartada: Marcos Jr. no lugar de Wellington, apagado depois do belo gol.

Nos dez minutos finais, o Fluminense investiu no ataque mas sem muita força – também cansado pela cansativa sequência desde o jogo em Sinop. Léo perdeu a chance da vitória cara a cara com Edson. Na sequência, Renato furou uma cabeçada com chance de gol. Aos 46, Marcos Jr. chutou para grande defesa de Edson.

A vitória seria o resultado justo e melhor, mas o empate com gols dá uma pequena tranquilidade para o jogo de volta, semana que vem, em Edson Passos. Mas é para se levar a sério: na Copa do Brasil, também morre quem atira. De toda forma, seriedade é o que não falta ao Fluminense de Abelão.

Panorama Tricolor

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Imagem: curvelo