Morte ao líder, vida longa ao vice (por Jorge Dantas)

Essa história de apito amigo já virou perseguição da imprensa ao Fluminense e se tornou irritante pela injustiça que encerra. O veredito dos juízes sem toga é: culpado! Sim, culpado por ser líder, por fazer mais pontos, por ter mais vitórias, por ter o artilheiro, por ter o ataque mais positivo, a defesa menos vazada e a melhor campanha da era de pontos corridos. Uma quantidade de absurdos não pode acontecer. A sentença: a perda do título e entrega da taça ao Atlético MG. Isso é tudo o que essa gente está desejando e torcendo.

Estamos sós, não temos mais um Nélson Rodrigues para nos defender. Mas precisamos fazer disso a nossa força. Nos próximos jogos os nossos atletas terão que se superar e vencer convencendo e a torcida deve comparecer em massa, apoiando o time como fez na chegada de Belo Horizonte. Temos que demonstrar toda a nossa indignação e responder na bola e nas arquibancadas. O momento de contra-atacar, de forma ordeira, mas vigorosa, é agora, já na quinta-feira. Não basta o Abel dizer que o time vai jogar ofensivamente como disse domingo, vamos ter que ser ofensivos de verdade e deixar claro quem é o melhor time do campeonato. Parece que os nove pontos que tínhamos à frente na liderança se tornou uma maldição a ser destruída pelos paladinos da justiça.

Porém, justamente por uma questão de justiça e para o bem do futebol, não podemos perder este campeonato. Estão tentando tirar o título do Flu na caneta, no microfone, no grito. Estão tentando desestabilizar os nossos jogadores, nossa torcida e até os árbitros que vão apitar nossos jogos. Não podemos aceitar isso passivamente, vamos reagir e forte. Vamos encher o Engenhão hoje e dar a resposta que está precisando ser dada. Não vamos nos calar diante dessa absurda perseguição.

Vejam este trecho de uma crônica publicada na segunda-feira passada no caderno Superesportes do Correio Braziliense: “Vejam este lance: Ronaldinho bate uma falta e é gol. O juiz anula a jogada sob o argumento de que houve falta na barreira. Se o árbitro não anulasse o gol, ninguém notaria a falta, nem o Arnaldo. Faltou ao juiz a malandragem de não ajudar o Flu. Pensei: só falta o tricolor fazer um gol e o juiz comemorar com o Fred dançando uma coreografia provocativa”.

Se analisarmos o texto, veremos algumas colocações provocativas, discriminatórias em relação ao Fluminense e a sua torcida, ensinando a jovens que ética não vale no futebol, como se uma peleja não fosse parte da vida. O que está escrito e registrado denota que o autor é parcial e está claramente torcendo os fatos, colocando perigosamente as torcidas contra o Fluminense. Jornalismo é uma profissão que deve ser útil para a sociedade, seja em que campo da vida for. E dar exemplos de seriedade e compromisso com a verdade. Falar em “ser malandro” é incentivar o que há de errado no comportamento humano. E, justamente em um momento em que o país tenta se reorganizar moralmente combatendo a falta de ética dos políticos e empresários, que mentem, roubam o erário público e condenam milhões de pessoas à miséria humana, não podemos concordar com uma crônica como essa. Uma imprensa só pode ser verdadeiramente livre se contar com jornalistas corretos, responsáveis e imparciais. Querer jogar a opinião pública contra o Fluminense é combater o mal com o próprio mal que pretende denunciar. Uma vergonha! O jornalismo não deve utilizar a sua condição de formador de opinião e o espaço público que dispõe para dar exemplos de (des)cidadania.

Jorge Dantas

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

4 Comments

  1. E no fim vão todos chupar e se curvar ao melhor time do Brasil….

    st

  2. Salve Jorge,
    quando vejo essa esparrela da crônica esportiva com sua massa de manobra, me lembro da impagável “Direito ao Palavrão” de Millôr Fernandes, principalmente, o sétimo parágrafo:
    “E o que dizer de nosso famoso “vai tomar no cú!”? E sua maravilhosa e reforçadora derivação “vai tomar no olho do seu cú!”.Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando,passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: “Chega! Vai tomar no olho do seu cú!”. Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face,olhar firme,cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.”

    Vá e Vença FFC!

    A melhor resposta, embora hercúlea, seria fazer os 18 pts restantes, mandando essa esparrela da “crônica esportiva” e de seus asseclas da plebe ignara tomar no meio do olho de seus c…

    Vá e Vença FFC!

    ST

    1. Muito bem! Encher a boca e soltar o ar dos pulmões para mandar alguém tomar “naquele” olho por conta de infâmias é uma espécie de catarse, uma purificação, limpeza do mal alheio em nós, libertação da alma e superação da vontade de mandar um estúpido tomar no olho do c., acrescido de “da sua mãe”

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