Oi, pessoal.
Começo a temporada 2017 com esperança e preocupação. Esperança no perfil mais boleiro do futebol e na qualidade e juventude do time que se desenha no meio-campo e ataque. Preocupação na continuidade do perfil de gestão de futebol do péssimo Peter Siemsen.
Sucessor, o recém empossado Pedro Abad parece mais sóbrio e coerente nas primeiras semanas do seu mandato. Sóbrio porque, ao contrário de Peter, nomeou um departamento com nomes do futebol, reunindo um boleiro, ex-jogador e atuante profissional, indentificado com o Fluminense, Alexandre Torres, para ser a ponte entre a diretoria e o time.
Peter tratou o futebol de maneira tão desprezível que entregou o mais importante setor do Fluminense nas mãos de pessoas inexperientes, que nunca atuaram nos profissionais, como Fernando Simone e Mario Bittencourt, no momento mais delicado do time, um pós Unimed.
A chegada de Jorge Macedo, que trabalhava no Internacional, foi sob pressão, feita às coxas somente para tapar buraco, o que nos deixou no buraco, embora não no fundo do poço (o rebaixamento).
Minha preocupação será no quanto de resistência o nosso novo presidente terá para respaldar durante todo esse período as orientações e solicitações de Alexandre, filho do capita, alinhadas, certamente, as do Abel. Essas nem sempre receberão o apoio do seu grupo político.
Voltando a Abad que, além de sóbrio, me parece coerente pela escolha de primeiro enxugar os altos custos e pouca receita da herança maldita de Peter, com um elenco de quase 40 jogadores profissionais, sem patrocínio master nem fornecedor de material esportivo.
Aliás, se o Fluminense contasse hoje com pessoas imparciais e sérias em seus conselhos, o ex-presidente sofreria uma investigação e um processo administrativo, sim, tal como ocorreu com Maurício Assunção, no Botafogo. Ao contrário, seu grupo político, o mesmo do atual mandatário, jogou a sujeira para debaixo do tapete.
Mas, quando Abad escolhe se desfazer de jogadores antes de contratar, sua atitude é corajosa porque impopular e, absolutamente, necessária. É hora de estancar a hemorragia.
Para minimizar esse cenário de ações impopulares, o presidente conta com a ajuda da contratação de dois dos melhores jogadores do time vice-campeão da Libertadores, os dois únicos reforços de verdade da gestão Peter, e o leme nas mãos do Abel, profissional de perfil autêntico, direto, papo reto, sem pilantragem, sem falsidade, que recebe logo o respeito do jogador.
Respeito do jogador que não houve com Peter. Para animar, sanguessugas e “X9” de elenco foram embora, casos de Cícero e Wellington Silva; jovens bons jogadores como Léo não serão mais atropelados por Giovannis nem William Matheus; a lateral direita parou em bons pés e Gum não será mais titular.
Embora o gol com Cavalieri, cada vez mais lento, no “auge” dos seus 34 anos, me arrepie a espinha de temor – por isso, manteria o Julio César -, vejo se desenhar um time jovem e de qualidade, com jogadores que se completam e que, se a torcida viciada em medalhões e “oba-oba” tiver paciência, vai dar liga e ser um time competitivo que joga com honradez e dignidade.
Ridicularizados até por tricolores, opositores da gestão, caindo na mesma sintonia que cega, porque enquanto a Flusócio quer nos mostrar que eles sustentam o Fluminense com heroísmo, e o clube é um lindo parque da Disney, os opositores perdem, por vezes, a razão, quando trabalham para mostrar que o clube está numa viagem contínua no Trem Fantasma, enquanto lá estiver a Flusócio e terão razão se a Flusócio não aproveitar os erros para mudar para melhor, a chegada de Orejuela e Sornoza foi fantástica e um alento.
E sim, acredito que no atual cenário e baixa qualidade do futebol brasileiro, dois jogadores como eles, num time sem meio-campo, seu principal setor, fará tremenda diferença porque ao lado de Douglas, Scarpa e Wellington, lhe dará novo corpo, com dinamismo e cérebro.
Se os dois estrangeiros fossem contratados por Flamengo, Vasco, Palmeiras, Corinthians ou São Paulo, os clubes mais populares do país, ou até pelo segundo escalão de clubes que costuma ser acarinhado, como Botafogo e Santos, já teríamos vídeos, lances, 20, 30 minutos de reportagem nos principais programas de futebol da SporTV, Espn, Fox, EI…
Mas foi o Fluminense. Esse insosso Fluminense de Peter e seus partidários que falhou feio em 2016 e sequer conquistou a vaga mais fácil da história da Libertadores por falta de comando, por total desprezo e desconhecimento sobre o futebol, é hoje o Fluminense do Abad e dos mesmos partidários reforçados com outros grupos que apoiaram Cacá Cardoso, e que tem o dever moral ditado por sua consciência e não por minha opinião, da necessidade de filtrar os fatos, identificar os erros e não mais cometê-los.
Ah, se o marketing do Fluminense se preocupasse mais com a grande mídia que alimenta (de esperança e motivação) milhões de tricolores pelo Brasil, fundamentais para fazer receita, do que uns mil críticos que, com direito total, concluíram que o grupo político que gere o clube há seis anos e para os próximos três, erra demais por incompetência.
Que mal há nisso? Em que clube de futebol no mundo, não há opositores de uma gestão? E em qual grupo dessa oposição não há nobres torcedores daquele clube? Coisa mais idiota e mesquinha ficar batendo boca em rede social, nada é menor do que marginalizar um tricolor só porque ele faz oposição à diretoria do clube.
Degradante ver as pessoas do FLUMINENSE assim. Parece a torcida do Flamengo se engalfinhando, trocando socos e pontapés entre si na arquibancada. Essa desgraceira só não me deprime mais que aqueles dois meses sem uma vitória sequer.
Mas “segue o jogo”, como diz o bordão do meu narrador preferido, Milton Leite. Saindo das preocupações que angustiam meu coração apaixonado para a esperança nas “Torres de Abel” (é bobo, mas gostei do trocadilho, “rá”!) porque nos oferece um departamento de futebol com mais cara de futebol do que de balcão de financeira.
Esperançosa, montei o time que acho que Abelão tem em mente, além de como esse seria se fosse o Chelsea de Conte, citado pelo nosso atual treinador, dividindo com vocês os motivos que me levam a crer que teremos um time de futebol para torcer em 2017.
Você discorda? Ah, se você soubesse o que falavam do nosso time, inclusive e especialmente a torcida, no início de 1983… Conheço esse clube. É histórica nossa desconfiança tanto quanto os times de garotos, sem estrelas, nos levarem a glórias.
Pela necessidade de imagens, que não cabem no Panorama, peço licença e convido para clicarem nesse link AQUI, viajando comigo nessa minha boa expectativa e saudade de ver em campo o nosso Tricolor novamente.
Chegue logo, dia 24!
Panorama Tricolor
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Imagem: CB
Parece que a esperança já está um pouco maior que a preocupação, sigamos assim então.
ST
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