O início do ano, com a conquista da Primeira Liga, nos deu a falsa impressão de que o Fluminense faria um papel digno da temporada. Contudo, a ilusão dissipou-se ao longo do Campeonato Brasileiro, muito em razão do conturbado momento político. Bom, o ano acabou (graças a Deus) e chegou o momento de se repensar o futebol tricolor.
Mais que repensar, é preciso agir. Gostei da contratação do Abel, o considero o cara ideal para lembrar aos jogadores a grandiosidade da instituição que representam. Ele precisa, porém, de material humano para poder realizar o seu trabalho com eficiência.
Agora que já temos um centro de treinamento (ainda que inacabado em sua totalidade), precisamos deixar a estrutura em um plano que nos permita priorizar a formação de um time competitivo. A equipe que nos representou na temporada de 2016 foi ridícula.
A saída de Fred foi uma besteira permitida pela diretoria. Agora, nos vemos sem ídolo; a responsabilidade foi lançada impiedosamente sobre os garotos de Xerém. Rezemos para que eles não sejam queimados na fogueira com a qual o futebol costuma tragar àqueles que não estão totalmente preparados.
Um clamor brota do íntimo de meu ser – e acredito que de toda a torcida tricolor: Abel, por favor, salve-nos! Faça com que a nova diretoria (que mostrou bom senso ao escolher um treinador vitorioso, campeão pelo clube como atleta e como treinador) contrate os jogadores certos, não dispense ídolos e que, acima de tudo, priorize o futebol dentro das quatro linhas. Conquistando títulos, vencendo clássicos, nos dando a alegria de, ao despertar, alegrar-nos pelo fato de sermos Fluminense.
Que o próximo ano seja melhor para nós. Que os erros de 2016 não se repitam e que cheguemos ao fim da temporada orgulhosos em vestir pelas ruas a camisa que tanto amamos.
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Meu camarada Wilson Pimentel, da Rádio Tupi, noticiou antes do jogo de domingo passado que o Internacional oferecera uma grana para que os jogadores do Fluminense “amolecessem”. E que, anteriormente, fizera o mesmo para que a partida fosse mantida no Maracanã, e não transferida para Edson Passos. Uma vergonha. Mas quem já viveu no meio do futebol sabe que essa prática existe. Precisamos, digo todo o povo brasileiro, mudar esta mentalidade. É por essas e outras que o nosso país está na merda que está.
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Ainda sobre o Inter, após o rebaixamento, a nova diretoria do clube gaúcho tratou de anunciar duas mudanças no seu departamento de futebol: a contratação de Antonio Carlos Zago para ser o treinador da equipe e a de Jorge Macedo para ocupar o cargo de diretor. Boa sorte, colorados. Irão precisar mesmo.
Panorama Tricolor
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