O campo acordou cedo e era o verde mais claro que podia mostrar e teve gente que não viu.
O céu foi crescendo e ao meio do dia tudo era surpreendentemente azul.
Havia, suspensa nas conversas, aquela alegria infantil de roupa nova, que o começo do domingo nos traz.
Domingo é gozado, nos aproxima demais das recordações. Mas aquele domingo, além disso, trazia possíveis vitórias e derrotas. Era domingo de futebol.
Daquele futebol importante. De bandeiras de cor, ônibus cheio, almoço leve e apressado.
O caminho feito pela praia, onde gente de outro mundo aproveitava do sol, era percurso tumultuado, bem distante de olhar as ondas, de pisar na areia molhada ou de olhar romântico.
E, depois, vinha o grupamento de carros multicolores, repleto de gente multicolor também.
Gente que ouve rádio desde cedo, ou lê jornal de última página e entende da vida como qualquer um.
Chega para perto o gigante que engole tudo e é grande, que hoje só existe ele, o que havia nas redondezas sumiu.
E as palavras que ouvimos são como fossem uma só, tão perto ficamos das emoções de cada um.
É a bola vai rolando, depois do ventar das bandeiras, cos gritos dos que não fumam, da alegria dos que, nos outros dias, não estão certos de poder contar com ela.
E a bola vai rolando de coração para coração, e o conjunto que forma é das coisas mais lindas que o dia já mostrou.
E se todo mundo quisesse com esse dia aprender?
Poderia ser tudo verde, como é a “Zona do Agrião, como é Carlos Alberto Torres!
OBRIGADA, saudoso CAPITA!