Faltando pouco menos de um mês para o pleito eleitoral em Laranjeiras, algumas conclusões sobre a lida política do clube já podem ser tiradas.
Primeiro, o que era ruim piorou: a cada dia que passa, mais tricolores entram numa guerra surda e, sinceramente, imbecilizada, contra outros tricolores, numa cruzada da ignorância em estado bruto. O que se vê hoje nas redes antissociais, em outras entrelinhas e em muitos casos, não é a construção política mas sim a sua negação, desde a argumentação até o contraditório em si. Tudo isso com claros estímulos de uns poucos que querem manter pequenas vantagens pessoais – sequer dinheiro – ou se apoderar delas. Só quem perde com isso é o Fluminense. No meu caso particular, tenho amigos em todas as correntes políticas e não perdi nenhum deles, felizmente.
Segundo: uma distância abissal entre promessas feitas e o histórico de realizações dos que as apregoam, e isso independe de situação. Em alguns casos, o eleitor – ou entusiasta – tricolor parece ser tratado como alguém desprovido das mínimas capacidades de raciocínio lógico, bem como da liberdade de pesquisa, onde poderá comprovar que o mundo de Laranjeiras, seja de qual lado for de suas cercanias, o de dentro ou de fora, não pode ser resumido a novelas de realismo fantástico. Traduzindo: uma caozada sem par.
Terceiro: a insistência pueril de alguns em tratarem o clube e sua torcida como pequenas propriedades particulares. O Fluminense é grande demais para ser tratado como uma birosca comandada pelo fulaninho ou cobiçada pelo sicraninho.
Quarto: a falta de tato para muitos ao não se perceber que, findo o processo eleitoral, o Fluminense irá precisar de todos em seu processo de permanente transformação. Só existe um motivo para se ir contra o sentido de unidade da torcida tricolor: vantagens particulares associadas a uma deprimente egolatria, especialmente de um ou outro “leão” do teclado que, cara a cara, mais parece um cachorrinho Fifi.
Dos principais atores do jogo político do clube, todos os candidatos à presidência, deveria vir o mais completo repúdio à Faixa de Gaza permanentemente instalada entre tricolores. Espero que ainda aconteça. De alguns subalternos e figurantes bostejantes, não virá nada de útil ou positivo.
Quinto: o Fluminense é sinônimo de ética; qualquer ato político de qualquer natureza que vá na contramão dessa premissa deve ser, sem sombra de dúvidas, motivo da mais profunda ojeriza.
Sexto: já pensou se todos os que você já leu e ouviu sobre esta política do Fluminense, em todos os cenários, do panfleteiro ao pretenso formador de opinião, fossem submetidos a um detector de mentiras? Qual seria o resultado da avaliação em sua opinião?
De resto, esta é a única vez em que tratarei deste tema por aqui neste processo eleitoral. Os que me acompanham nas redes antissociais sabem que apoio e divulgo uma candidatura por lá, e jamais utilizei nem utilizarei este espaço como pólo de propaganda objetiva ou subliminar. Tal apoio é voluntário e jamais poria em jogo as minhas ideias e convicções, que não estão disponíveis para aluguel, venda ou leasing. Eu só tenho uma palavra, e ela não pode ser comprada. As posições dos cronistas do PANORAMA são muito claras e públicas sobre o tema.
Há os que dizem que os blogs tricolores de opinião são uma espécie de rebaixamento da imprensa segmentada. Eu já diria que tamanho rancor é proveniente de quem fracassou na hora de emplacar a boquinha. Torço para o Fluminense e não para um grupo político.
Última forma: alguém tem culpa no cartório? Basta pesquisar.
NOTA: meu apoio completo a Paulo Cezar Caju por suas declarações no velório do eterno Capitão Carlos Alberto Torres.
Panorama Tricolor
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Imagem: ram