Corinthians 0 x 1 Fluminense (por Felipe Fleury)

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Enfrentar novamente o Corinthians, logo após ter sido prejudicado pela arbitragem na partida que o desclassificou da Copa do Brasil, parecia um castigo para o Fluminense. Como se portaria diante de de seus algozes, o próprio Corinthians e a arbitragem?

O Flu, no entanto, foi maior que ambos. Deixou de lado a celeuma da injusta desclassificação e conquistou uma vitória à altura de sua tradição, sobrepujando toda a sujeira que envolve o time alvinegro, a arbitragem e os interesses escusos que a manipula.

O primeiro tempo do Fluminense teve mais cara de decisão que a verdadeira decisão da última quarta-feira, quando foi desclassificado da Copa do Brasil pelo mesmo Corinthians. Talvez movido pelo sentimento de injustiça decorrente dos dois pênaltis flagrantemente não marcados a favor do Flu naquela partida, o Tricolor começou o jogo com redobrada vontade, marcando a saída de bola adversária e criando as melhores oportunidades.

W. Mateus e Wellngton se entenderam bem pela esquerda, e Marco Junio e Scarpa não ficaram atrás pela direita. O quarteto ofensivo deu muito trabalho à defesa corintiana e foi responsável pelas principais oportunidades do jogo a favor do Fluminense.

Primeiro, uma falta cobrada por Scarpa, que Marco Junio não alcançou. Depois, um bom chute de Scarpa para a defesa de Valter. Aos 24`, a melhor chance do Flu, quando Scarpa fez belo passe para Marco Junio que entrou livre e chutou para uma bela defesa do goleiro alvinegro. Só aí o Corinthians chegou com algum perigo, no lance imediatamente posterior, quando após confusão na área tricolor, o time paulista quase marca.

Mas o Fluminense continuava melhor. Após escanteio pela esquerda, cobrado por Scarpa, o goleiro corintiano espalmou para não ser surpreendido num gol olímpico.

E, como não poderia deixar de ser, mais uma vez a arbitragem deixou de assinalar um pênalti mais claro que a luz solar a favor do Flu, quando M. Junio foi puxado pelo zagueiro adversário para que não alcançasse a bola alçada à área num escanteio tricolor.

Sobre os reiterados “erros” de arbitragem, escrevi ontem para o Panorama o texto: “A farsa do futebol”, ao qual remeto os leitores.

O Fluminense iniciou o segundo tempo sem alterações, algo pouco usual no modo de pensar de Levir. E na mesma sintonia. Logo aos 5`, M. Junio quase fez após chute cruzado que o goleiro pôs para escanteio com brilhantismo. No córner que se seguiu, Gum perdeu livre, arrematando para fora.

A partir daí, contudo, o Flu perdeu o meio-campo para o Corinthians (cansaço?), e a equipe paulista passou a dominar as ações, chegando ao gol tricolor com mais facilidade, oportunidade em que Júlio César fez boas intervenções.

Aos 21`, Levir substitui Douglas (mal no jogo) por Marquinho e, logo em seguida, M. Junio (lesão) por Richarlisson. Aos 32`, Magnata entrou no lugar de Wellington. O jogo, contudo, ainda estava à feição do Corinthians, que quase marca aos 34`, numa meia bicicleta que foi concluída em cima de Julio César.

O Fluminense claramente se ressentia de não ter um goleador e não tinha mais forças para puxar bons contra-ataques.

Aos 38`, quase a tragédia num lance em que Gum por muito pouco não marcou contra. Gol salvo pela melhor defesa de J. César na partida.

Aos 42`, após jogada de Richarlisson, Scarpa perdeu um gol que não costuma perder, a melhor chance de gol do Flu na segunda etapa, quando limpou o adversário e concluiu de curva, com a canhota, bola que passou rente à trave direita do goleiro adversário.

Mas aos 49`, os deuses do futebol fizeram justiça ao Fluminense. Igor Julião, na sua primeira jogada ofensiva, sofre falta. Scarpa cobra, a bola é cabeceada para o meio da área e sobra para Cícero marcar o gol da vitória tricolor. Uma vitória maiúscula, sobrenatural, que faz justiça, embora no futebol ela não exista, a um time que, mesmo tendo sido absurdamente prejudicado contra o mesmo Corinthians no meio da semana, levantou a cabeça e não desistiu da vitória em momento algum.

Resultado merecido duas vezes, pelo que fez em campo e pela injustiça da desclassificação na Copa do Brasil. Agora é focar no Sport e nessa vaga de Libertadores que, mais uma vez, nos aparece bem possível à frente. Parabéns, Fluminense!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @FFleury

Imagem: f2

1 Comments

  1. Eu não entendo por que alguns de vocês, aqui do Panorama, preferem chamar o cara de Marcos Júnio. Embora seja esse o nome de batismo dele, o próprio jogador já disse que quer ser conhecido como Marcos Jr. (Júnior) e é esse o nome que está grafado nas costas de sua camisa.

    Um abraço.

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