“Ex-amor

gostaria que tu soubesses

O quanto que eu sofri

Ao ter que me afastar de ti…”

Os versos de Martinho da Vila podem explicar um pouco o sentimento que nós, tricolores, nutrimos por Fred. No primeiro reencontro, o constrangimento foi inevitável. Mas a vitória, e que vitória, foi do Fluminense. Este sim, é nosso eterno amor. E por ele que cantamos, que vestimos esse manto e que nos orgulhamos de sermos tricolores.

Engana-se, contudo, quem acha que a principal personagem da noite foi Fred – que sequer voltou a campo para a segunda etapa. O real artífice da virada tricolor em Edson Passos tem 40 anos e atende pelo nome de Magno Alves. Sua entrada no intervalo (não consigo entender o que Levir Culpi pretendia escalando Danilinho) deu vida nova ao time. O Magnata participou dos quatro gols, Não deixou o seu, é verdade, mas nem só de justiça vive o futebol.

A vitória de 4 a 2 sobre o sempre complicado Galo foi linda. Além de Magno Alves, dois caras também jogaram muito: Douglas e Wellington. O primeiro, posicionado mais à frente, deu show tanto na marcação quanto na chagada ao ataque – fez um belo e merecido gol. O segundo, reeditou em minha memória a magia dos ponteiros; por vezes, vendo-o driblar, resgatei Zezé, Tato, Paulinho…que saudade!

As entradas de Marquinho e Maranhão também foram acertos de Levir. O armador, conhecido guerreiro, fez um gol fundamental, o da virada. Já o lépido atacante fechou a tampa do caixão (ou seria da panela, já que estávamos perante a um galináceo?) e acrescentou à noite, que já era inesquecível, um tempero apoteótico.

Para terminar, volto a Fred. Após o jogo, ele parecia feliz como um torcedor do Fluminense. Sorriu, distribuiu abraços, tirou fotos. Enfim, matou um pouco da saudade que mostra sentir das Laranjeiras, do Rio, da veneração. Afinal, amor igual ao nosso, ele nunca mais terá.

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Nossa  torcida deu um belo espetáculo durante a partida, mas parte dela vacilou após o apito final. Querer agredir o presidente do clube e intimidar o Pedro Antônio me parece algo orquestrado, é o fim da picada. Isso é coisa de urubu, não de tricolor.

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Que ninguém se engane: a Chapecoense será um adversário complicado ao extremo. Se a meta é mesmo chegar ao G4, teremos que passar por este lobo fantasiado de cordeiro. Não podemos dar mole; a vitória pode nos conduzir rumo a algo que julgávamos improvável até a bem pouco tempo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem:cop