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Antes, eu havia dito aqui que o Fluminense daria neste domingo o primeiro passo de sua maratona de jogos, para que soubéssemos de vez das nossas pretensões quanto ao Brasileiro de 2016. O caminho nascia era a trajetória ser iniciada justamente fora de casa (voluntariamente) e contra o líder do campeonato. Mas quem quer evoluir e cobiçar a luta por um título tem que estar preparado para encarar qualquer adversário.
O primeiro tempo deu no que deu: o Palmeiras fez o que quis desde o início – embora não concluísse a gol -, logo chegou aos 2 x 0 num espaço de cinco minutos e não tomou conhecimento da apatia tricolor, quebrada apenas em esparsos momentos e numa grande defesa do goleiro deles, com Wellington quase comemorando o que não houve. Com marcação cerrada e precisa, saídas rápidas no contragolpe e a anulação da meia cancha tricolor, o Alviverde foi soberano. Cavalieri falhou (mais uma vez) no primeiro gol, mas evitou o terceiro num chute de Erick. E depois da vantagem, o Palmeiras recuou naturalmente, aguardando as brechas.
Boas pancadas dos dois lados e quatro cartões amarelos, além de vários lances tumultuados. É impressionante como todas as partidas arbitradas por Ricardo Marques Ribeiro têm discussões exacerbadas e lances truncados. Não deve ser coincidência.
Final da primeira etapa, deu até alívio. Dois a zero saiu barato. O Flu não teve espaço, criatividade, nada que oferecesse algum elogio. Os piores – e surpreendentes, mas nem tanto – 45 minutos tricolores das últimas rodadas.
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Henrique Dourado e Douglas fora, a estreia de Aquino – absolutamente nula – e Marquinho no meio para a segunda etapa. Cá entre nós, o Dourado nem havia entrado.
O Flu voltou pressionando nos primeiros minutos, tentando descontar para se reposicionar na partida, porém sem alguma finalização relevante. A seguir, um lance insólito: Wellington Silva e Marquinho batendo boca, com o palmeirense Dudu acalmando os ânimos. E dois gols anulados corretamente por impedimento: o terceiro do Palmeiras, de Gabriel Jesus, e o primeiro do Tricolor, de Wellington (ex-Silva). Com 13 minutos do segundo tempo, um total de sete cartões amarelos. E finalmente uma conclusão tricolor: boa cobrança de falta realizada por Scarpa na direita, boa defesa do goleiro Jaílton.
Já sem a força de antes, o Palmeiras acertou a trave, um outro chute por cima de Roger Guedes, umas três infiltrações no mano a mano, sem que o Fluminense conseguisse mais do que alguns lampejos, em sua maioria puxados por Marquinho, com a garra de sempre. Os quinze minutos finais foram protocolares: o jogo estava decidido há tempos. Onze cartões amarelos pouco antes do término da partida. E Dudu quase marcou o terceiro gol aos 43 minutos, mas Wellington Silva evitou.
Não interpreto esse resultado como desastroso, pois acontece. Matematicamente e com uma partida a menos, o Flu mantém suas chances de lutar futuramente pelo G4. Entretanto, os mais fanáticos que acreditavam numa arrancada para o título levaram um balde de água fria no rosto. Eu também sou um fanático, mas prezo pela lucidez. Vida que segue. Analisando friamente, no fim das contas saiu barato.
Por ora, e somente ora, nossa briga direta é contra a Ponte de Rhayner e Roger. Oxalá seja diferente à frente.
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Agora é recolher os escombros e encarar o Corinthians pela Copa do Brasil. Parada dura em Edson Passos, não recomendável a filhettes.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap
Copa do Brasil tende a ser pior. O Curinthia vai passear em cima desse time sem identidade.
Enquanto o chupa-sangue Cicero estiver no time não chegaremos a lugar algum.