Fluminense e Cruzeiro em Edson Passos, no bairro de Cosmorama, em Mesquita, na baixada fluminense. Depois de muito tempo sem jogar na cidade do Rio, a relativa proximidade animou o torcedor. Aquele torcedor tratado com desprezo, que parece que faz um favor em ser sócio e que muito pouco (ou nada) tem em retorno lá foi, novamente, ajudar seu time de coração. A entrada do estádio foi caótica, mas sinceramente não sei se houve falta de organização ou se toda a torcida chegou na mesma hora. Houve melhorias, mas ainda não somos tratados como clientes.
A primeira chance foi do Cruzeiro, com um chute forte do Sobis. Mas foi só isso que fez o time celeste. O Fluminense passou a pressionar e tomou conta do jogo. Aos seis minutos, em um escanteio, Henrique cabeceou, Fábio conseguiu espalmar, mas o Cícero empurrou para o gol vazio, fazendo o 1 a 0. Aos 18 minutos, Gum tentou de cabeça e a bola passou perto. Com 24 minutos, Marcos Júnior tentou fazer o pivô e sofreu pênalti. Pegou a bola nos braços e só soltou quando cobrou no canto esquerdo, deslocando Fábio e fazendo 2 a 0. O time continuou em cima, no campo de ataque, apertando a saída do Cruzeiro. Tivemos outras boas chances, mas o primeiro tempo terminou com os 2 a 0 bem construídos.
O segundo tempo começou com sustos. Quatro escanteios para o Cruzeiro com menos de três minutos, denunciavam que o Cruzeiro tentava diminuir o prejuízo. Aos seis minutos em um barata-voa em nossa área, Cavalieri saiu, foi derrubado, a jogada seguiu e Douglas salvou o gol. Até os 11 minutos só dava os caras. Nossa primeira descida foi aos 13 minutos, com uma cabeçada sem direção do Richarlison. Aos 16 minutos, foi a vez do Maranhão quase fazer o dele. Havíamos equilibrado a partida novamente. Marcos Júnior sentiu cãibras e deu lugar ao Dudu aos 23 minutos. Jonathan saiu para a entrada de Igor Julião logo depois. Maranhão fazia uma ótima partida até se machucar e dar lugar ao Edson. Aos 43 minutos, uma escapada do Richarlison e uma falta na entrada da área. Cícero cobrou bem, mas Fábio espalmou. E a partida terminou com o mesmo placar do primeiro tempo.
Torço que a vitória traga um ciclo virtuoso. Chame a torcida, motive e o time encaixe. Essa comunhão entre campo e arquibancada, que sempre deu certo e foi fundamental para a arrancada de 2009, pode acontecer. Dá pra brigar lá em cima? Quem sabe. Acho difícil, mas continuo torcendo. Leo Lemos, VP de marketing, ao ser indagado por um torcedor através do Twitter, disse que o clube não estamparia o anúncio institucional do sócio futebol porque “depreciaria a camisa, em busca de um patrocinador master”. Que teria sido uma ação pontual na final da Primeira Liga. Aí o time entra em campo com tal marca. Leo, este espaço está aberto para os devidos esclarecimentos.
Panorama Tricolor
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Imagem: lub