O Fluminense encontra-se em ano eleitoral. Nada mais natural que o torcedor tricolor esteja interessado no assunto até a data do pleito. Mesmo porque, pela primeira vez, o sócio futebol poderá exercer o direito ao voto, tornando a eleição amplamente indefinida. Ninguém tem a menor ideia de quem poderá vencer com essa nova conjuntura, onde mais de 20 mil sócios adimplentes definirão o futuro do Fluminense. Qualquer um que diga ao contrário está sendo leviano, porque o cenário hoje ultrapassa os muros das Laranjeiras.
Temos alguns pré-candidatos, contudo, acredito que o panorama mudará até as eleições. Algumas chapas deverão fundir-se, outros não chegarão à quantidade necessária de assinaturas para formalizar uma chapa, etc. Ainda assim, os cabos eleitorais já se encontram em pleno trabalho de convencimento e angariação de votos. Sendo assim, gostaria de tocar em um tema que penso ser bastante relevante.
Alguns membros da Flusócio e simpatizantes ao grupo tem demonstrado total apoio à candidatura de Pedro Abad. Nada mais justo, este é candidato pelo grupo. O que me incomoda é certa tentativa de desvincular a imagem do grupo a tudo que há de equivocado na gestão de Peter Siemsen, como se fosse possível a existência de um sem o outro. Veja bem, a Flusócio elegeu e reelegeu Peter Siemsen, fez e faz parte da gestão diretamente com diversos cargos, e se vangloria de ter participado e viabilizado diversos projetos, como a construção do Centro de Treinamento, a criação do Sócio Futebol e a responsabilidade fiscal, entre outros feitos que merecem palmas. Mas não só de bônus vive o homem. Tudo na vida tem um lado positivo e um lado negativo, todas as nossas escolhas são assim. Quem se vangloria pelo bônus, deve minimamente refletir sobre o ônus, mas não parece ser o que acontece com alguns membros do grupo.
O futebol vai de mal a pior. Existe um consenso de que o carro chefe de um clube como o Fluminense não é a praia da atual gestão. Nessa hora, tentam tirar o corpo fora, como se Peter Siemsen fosse o único responsável pelas mazelas que nos cercam. Não dá, é minimamente cafajeste. Se Pedro Abad é a continuidade da atual gestão, como afirmam ser, ele é a continuidade de tudo que aí está. Não pode ser eleito (caso o seja) apenas pelo lado bom da vida.
O Fluminense estava à beira do rebaixamento em 2013, quando Peter Siemsen recebeu o apoio da Flusócio para sua reeleição, então, já passou da hora de assumirem seus erros, e minimamente prometer melhorias, ao invés de ir ao embate como se a razão caminhasse ao seu lado.
Caso o sócio decida pela continuidade da gestão, será democrático, como deve ser, mas que ele esteja ciente de suas escolhas, sem se sentir enganado posteriormente. Quem o Peter vai apoiar pessoalmente nas eleições? Indiferente, sua gestão apoia Pedro Abad, já que este é o candidato do grupo que o apoiou em três eleições consecutivas.
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