A vitória sobre o Corinthians foi importantíssima para o Fluminense por vários motivos. Recolocou-nos na briga pelo G4 do Campeonato Brasileiro, recobrou nossa autoestima, mostrou que Levir Culpi soube resgatar o espírito do Time de Guerreiros e, o mais importante de todos em minha opinião: deixou claro que Fred não é assim tão vital como apregoavam os urubus, bacalhaus e cães apocalípticos.
Tenho certeza, com a experiência de meus anos de imprensa esportiva, que caso o Fluminense não vencesse mais uma vez (já havia empatado com o Grêmio no primeiro jogo após a repentina saída do antigo camisa 9) as manchetes seriam na seguinte linha: o time ainda não conseguiu vencer após a saída de Fred. Felizmente, não haverá espaço para isso e o efeito foi proporcionalmente o contrário, afinal, com seu novo comandante de ataque, o Galo tomou duas porradas e está ciscando na zona de rebaixamento.
Precisamos, contudo, ser conscientes. Vencemos o Corinthians – que fazia sua primeira partida após a saída do técnico Tite, novo comandante da Seleção Brasileira -, mas ficamos longe de realizar uma grande partida. A vitória se deu muito mais pela raça e pela camisa do que pela efetividade do nosso futebol.
Poderíamos ter vencido com mais tranquilidade, e não tomado aquele sufoco nos minutos finais do duelo em Brasília, se não desperdiçássemos tantos contragolpes. O time tricolor não sabe conduzir a bola e fazer as melhores escolhas quando estamos atacando com mais gente do que defensores adversários. A defesa, ufa, tem até se portado relativamente bem, mas o ataque está muito afoito.
Bom, análises críticas a parte, fiquei muito feliz com a vitória sobre um forte e tradicional adversário. Caso não saibam, foi o centésimo embate entre Fluminense e Corinthians na história; agora, temos 36 vitórias contra 35 – ocorreram 29 empates. Que o triunfo nos sirva como motivação para a batalha de domingo, contra o Sport, no Recife. Podemos vencer, basta nos portamos como guerreiros diante do leão numa arena romana. Que sintam o nosso aço.
Com a licença de Nelson Rodrigues, a quem tomei emprestado o título desta coluna, vou encerrar afirmando: há vida sem Fred, sim. Sempre houve e continuará havendo, pois o nosso Fluminense é maior do que tudo. E por ele, a nossa vida inteira iremos cantar.
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Acredito que não passe de especulação, mas viajei imaginando o holandês Sneijder trajando a camisa 10 tricolor. Já pensaram num meio campo formado por Edson, Douglas, Sneijder e Gustavo Scarpa? Daria gosto de ver.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: paro
Concordo com Sneijder.
ST