Fluminense, das vanguardas e trilhas, das veias abertas e suores milagrosos, nascido em berço esplêndido de glórias, campeão da Primeira Liga.
Um time com acertos e erros, tudo demasiadamente pequeno se comparado à verdadeira heráldica das Laranjeiras: luta, vontade, garra, incessante coração de esporte.
Para ser um grande campeão é preciso passar por cima das próprias limitações, do desfalque de seu principal jogador, do boicote da má cartolagem à competição, da TV parceira que oculta os jogos. Sem esquecer da eterna má vontade de estúdios e redações. Driblar problemas internos, vaidades, o escambau.
Tudo começou com a natural descrença que sempre tentam nos impor. Mas veio um novo treinador e o Fluminense foi outro, super outro, lira do delírio. O time enfadonho e dispersivo, pastoso, cedeu vez ao jogo coletivo e entusiasmado, com seus jovens leões dando as cartas em campo.
Levir Culpi foi o grande responsável pela mudança de postura do Fluminense, é fato, ao mesmo tempo em que as outras modificações necessárias foram feitas no comando do futebol. Mas não posso deixar de louvar Magno Alves, que errou e acertou, que aos 40 anos corre e disputa lances incentivando companheiros que poderiam ser seus filhos, que defende o Tricolor como se fosse o ventre materno. O campeão com mais idade na história secular do nosso Fluminense. E Marcos Junio, autor do gol solitário que fez explodir os corações tricolores por todo o Brasil. Juntos, Magno e Junio explicam um pouco do que o Fluminense é: passado e presente correndo lado a lado, feito o leão e o tigre numa calçada de Nova York numa crônica de Tom Wolfe. Desculpe, Gum: eu achei que era a hora da despedida, mas não era. Aleluia, irmão. O time todo, ora!
Temos rugas e músculos. Somos campeões. Não temos um tostão mas vivemos como milionários da alma. Somos campeões. Abre a cortina daquele mesmo passado e estampa mais um admirável troféu na vitrine. Somos campeões.
Os torcedores passaram agruras em Juiz de Fora. Ainda não tenho todos os detalhes. A estrada deve ser uma procissão em três cores. Somos todos campeões, inclusive o Frankenstein da arquibancada e São Francis Melo. No Vieira Souto, tivemos uma bela turma de amigos. Que bom receber a família Moreira. Até o Nelsinho, flamenguista, berrou conosco. Fagner, Morena, Larissa, Tiba, Ernesto, Chocão.
Esse Fluminense que derruba tristezas, constrange falsos profetas e abre os braços enquanto a gente tenta fazer um país. Agora volto a ser um menino de dez anos, feliz da vida por uma noite. “Sempre tivemos grandes ídolos, mas a nossa história foi escrita com títulos”, a essência do Leo Prazeres.
Fluminense: senhor dos tempos.
Há sempre muito a fazer, mas ser campeão é bom demais. Estamos de volta ao nosso habitat natural e intransferível. Não importam agora os papagaios de pirata nem os fanfarrões. Somos os campeões.
Vencemos o desafio do começo ao fim, a começar pela própria criação da Liga. Vivemos o amor de Maiakovski.
Esta coluna homenageia o meu amigo Alessandro, barbaramente assassinado nesta semana por motivo fútil nesse Rio de grandes smartphones e pequenos sentimentos.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap
NNNEEENNNSSSEEE!!!!!!!!!!!!!
E hoje nas primeiras páginas, apenas notas de rodapé, depois o Feldman “quer saber” pq o futebol nacional não se vende para o resto do mundo.
Exceção par o jornal O Dia.
Temos agora que dar na cara do foguinho, e atropelar quem vier pra final, principalmente se for o ferj da gama.
Que Saudade de berrar na janela É CAMPEÃO P***AAAAAAAAAAAAAA!!!!
ST
Engolir.
NENSEEEEEE!!!!!!!!
Sem dúvida somos campeões de um campeonato muito difícil que tem tudo para dar certo e se tornar destaque nacional.
Agora o que a Globo fez conosco foi uma sujeira.
Até passar o jogo do Fla pela predileção as massas da mulambada , já esperava .
Agora ignorar nosso jogo, mostrar gols de Bahia, America MG, Santa Cruz e não mostrar uma decisão do Flu.
Inaceitável, não devíamos ter renovado com a Globo.
Agora é ganhar o Carioca, SE as arbitragens deixarem , para eles terem que nos…
Épico, Andel. Somos campeões!
Um jogo que estava marcado a 3 semanas,a polícia de Minas Gerais prestou um desserviços, prendeu vários ônibus para levar de comboio ,esses ônibus ficaram presos em engarrafamentos e os passageiros soltaram e foram a pé 3,8 km para o estádio. Alguns só chegaram no segundo tempo. pelo menos ainda deu para gritar campeão. Valeu a pena essa odisseia. Somos o primeiro Campeão da Liga,
” Nós somos a história”,
Excelente texto!
Até chorei de emoção!
Valeu demais!
É tempo de sorrir! (ainda q só por uma noite… porque amanhã o pesadelo continua)
Grande Andel !
Parabens a todos nos Tricolores !
Abracos da California.
ST