Fluminense e Bangu. Em Edson Passos, no estádio do América, Giulite Coutinho.
Depois de conseguir se manter invicto nos últimos sete jogos, o time começa a ter um esquema que proporciona um volume de jogo que há muito não se via.
O Fluminense repetiu a escalação do último jogo e entrou em campo com Diego Cavalieri; Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre, Cícero, Gérson e Gustavo Scarpa; Osvaldo e Fred.
O 4-4-2. Simples. Básico. Sem querer dar uma de professor Pardal.
Aquele esquema dos anos 1990. Onde todo torcedor sabia escalar seu time. E como ele montava a distribuição da mesa de futebol de botão.
O Bangu e sua tradicional camisa, com o castor. Também utilizado e conhecido na Mocidade Independente de Padre Miguel. Dos anos 1980.
No Estádio, o antigo placar eletrônico do Maracanã. Aquele que o goleiro caía sentado e a bola o cobria, sempre que saía um gol.
E nesse clima “vintage” o Fluminense entrou em campo.
Poucas chances de gol, por mais que o Fluminense tivesse quase 70% de posse de bola nos primeiros 20 minutos de jogo.
Alguma boas jogadas do Scarpa, Osvaldo e Cícero. Fred quase não havia encostado na bola. Tampouco o Cavalieri.
Depois da pausa para hidratação o time melhorou.
Aos 22 minutos, uma boa jogada do Scarpa. Foi ao fundo e cruzou para Osvaldo, que errou a cabeçada.
Pouco depois Gérson tocou para Fred, que chutou prensado.
Aos 35 minutos, uma falta na entrada da área. Scarpa cobrou bem e o goleiro foi melhor ainda, colocando para escanteio.
Na cobrança, Fred finalizou de cabeça para fora. Reclamou dos refletores.
Com 44 minutos, Giovanni Carioca recebeu cartão amarelo por segurar Scarpa e matar um bom contra-ataque que se desenhava.
No intervalo Marcos Júnior entrou no lugar do Osvaldo e Douglas no lugar do Gérson.
As alterações visavam dar maior velocidade ao time no ataque e liberar o Cícero, já que Gérson não fazia boa partida até então.
E com um minuto já apareceu um lance dessa mudança. Em um cruzamento, Fred escorou de cabeça para o segundo pau, encontrando Marcos Júnior. Ele ajeitou o corpo e bateu de chapa, passando perto da trave. Cícero fechava por ali.
Com três minutos, outra cabeçada do Fred. Fraca, nas mãos do goleiro.
Aos seis minutos o primeiro susto. Almir cobrou falta rente à trave. A bola bateu na rede, por fora, fazendo parte da torcida alvirrubra comemorar.
Mas aos 13 minutos, Marcos Júnior reviveu os antigos pontas-de-lança. Pelo lado esquerdo do campo, foi à linha de fundo e cruzou para a área, buscando Scarpa e Fred, que fechavam. Pressionado, bola bateu no peito do zagueiro e acabou fazendo o 1 a 0 na partida.
O juiz deu o gol para o Gustavo Scarpa.
Aos 19, uma triangulação do Wellington Silva, que cruzou muito alta para Marcos Júnior. A bola cruzou toda a área e chegou ao Jonathan, que rolou para trás. Pierre veio e chutou errado.
Com 24 minutos, boa jogada do Wellington Silva. Cruzou no segundo pau. A bola passou por Fred, mas chegou no Scarpa, que cabeceou bem, obrigando o goleiro a fazer boa defesa.
A essa altura, haviam 13 finalizações do Flu. E somente duas do Bangu.
Com 27 minutos, a última jogada do Fred em campo. Um belo lançamento de longa distância para o Scarpa. 30 metros. Um primor. Mas Scarpa chegou cansado e não teve precisão no chute.
Logo depois Fred deu lugar ao Magno Alves.
Aos 32 minutos, Scarpa parou uma jogada no meio e recebeu cartão amarelo.
Com 36 minutos, um belo lançamento do Mauro para o Carlinhos. Cavalieri saiu fechando o ângulo de chute, obrigando o atacante a tirar do goleiro. Mas, para nossa sorte, tirou dele e do gol.
Com 42 minutos, subiram Marcos Júnior e Magno Alves, em uma boa jogada do Gustavo Scarpa. Triangularam, mas o gol acabou não saindo.
O Fluminense passou a tocar bola, esperando o tempo passar.
O árbitro deu mais três minutos.
Aos 48 minutos, uma falta na lateral da área que o Scarpa cobrou direto, obrigando o goleiro a colocar para escanteio.
Na cobrança o jogo terminou.
São oito jogos sem derrota. Segunda colocação na tabela. Classificação encaminhada.
Alguns motivos para comemorar nessa noite, lembrando muitas noites da década de 1980.
Um ponto negativo é que nós tínhamos estádio para jogar até a década de 1990…
Panorama Tricolor
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Imagem: lub