Entrega!? (por Ise Cavalieri)

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Deixando a hipocrisia de lado, sabemos que, no futebol, a melhor coisa depois de ver nosso time ser campeão é ter a possibilidade de fechar de vez o caixão do rival. No caso do Vasco da Gama, ainda temos o fator Eurico Miranda e toda a choradeira por conta do lado no Maracanã, como já sabemos.

Mas até que ponto a entrega de jogos vale a pena? Durante a semana passada, torcedores fizeram até campanha para que o Fluminense entregasse o jogo, mas onde ficou a lembrança da posição em que estamos na tabela? Será que esses não acompanham?

Jogamos mal praticamente o segundo turno todo, oscilando o tempo inteiro; então como entregar para o Avaí? Será que alguém ainda conseguiu confiar nesse time a ponto de ter certeza que teríamos uma vitória sobre o Inter (que ainda luta por uma vaga na libertadores)? No Espírito Santo, talvez tenha sido a atitude mais correta durante ano inteiro: jogar pra vencer. Se continuamos vivos na série A, foi certamente devido a essa vitória do fim de semana passado.

Com a certeza matemática da permanência e não lutando por mais nada, talvez o jogo de hoje seja a oportunidade que grande parte esperava: a entrega. A crítica não se direciona a essa atitude, mas a do pensar de maneira “afobada” em querer tanto prejudicar um rival e esquecer que, por muito pouco, não fomos juntos. Devemos analisar primeiramente a nossa situação e só então, o restante.

Campeonato brasileiro chegando ao fim e nós, mais uma vez, terminando no zero.

Desejo para 2016 que, além de vitórias e títulos, o elenco e a casa tenham mais sabedoria em perceber os erros e peito para corrigir. Que não se faça corpo mole diante de situações com as quais não concordem, que não “abandonem” o campeonato simplesmente com o objetivo de que o técnico em exercício caia. Que os sustos e preocupações com a série B não nos incomodem e principalmente que nós, torcedores, sempre tenhamos amor pelo Tricolor.

Até 2016!

Panorama Tricolor

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