Ufa! Alívio! Aleluia, irmãos.

Tanto falei aqui de vitória que a coluna foi pé quente e ela veio. Tudo bem que numa partida sem brilho e com oscilações, diante de um Avaí muito fraco – que só pressionou com chuveirinhos indigentes em vão – o resultado elástico não traduz a partida, mas, no cenário atual – desastroso segundo turno -, qualquer vitória valeria doze pontos pela sua importância, traduzida na certeza matemática da permanência na série A.

Louvados sejam os 300 jogos de Gum – e seu belo gol de cabeça -, que merece uma despedida digna por tudo que fez pelo Fluminense. E o golaço de Fred por cobertura, estabelecendo 3 a 0, que ficará como uma das poucas boas lembranças do acervo técnico do nosso time nos últimos meses. O Oswaldo fez também, né? Sem desmerecer a felicidade pelo alívio neste fim de noite, o time catarinense foi um sparring de terceira. Ou quarta.

Terminada de vez a ameaça que atordoava os pensamentos tricolores (2003, 2006, 2008, 2009, 2013), agora o caminho é fechar dignamente a temporada nos dois jogos finais. E torcer para que a lucidez e a reflexão iluminem a cabeça da direção do clube, já que 2016 acabou de começar e há mudanças evidentemente necessárias, mencionadas neste PANORAMA e nos sites e blogs hermanos. Não se pode confundir o reconhecimento à seriedade nas contas nacionais tricolores com a passiva anuência diante do terceiro ano consecutivo de competitividade pífia.

Mas justiça seja feita: se os dirigentes erraram – e muito -, não são os únicos culpados mesmo. Um time que faz o segundo turno como este do Fluminense contou naturalmente – claro – com o mau desempenho dos jogadores em campo. Uma penca de derrotas, inaceitáveis para quem esteve no G4 praticamente em todo o primeiro turno. Enfim, muita coisa.

Alívio! Oxalá as vaidades desçam de vez das tamancas. Todos somos tricolores e merecemos grandes jornadas. Agora temos 100% de garantia na série A, mas apenas 10% de satisfação por ora. Precisamos de mudança e melhora. Estamos aliviados, mas comemorar 46 pontos como se fosse um título é masoquismo. O Fluminense precisa ser bem mais do que isso.

Falando em tamancas, respeitosamente, taí o Vinicius. Já vinha há tempos na fanfarra. Cada um tem o direito de viver sua felicidade, seja em tons pastéis ou em plumas e paetês. O inaceitável no caso é deixar o compromisso profissional de lado para encarar o tabuleiro de xadrez da noite. Rei ou rainha, tanto faz.

O goleirinho do Avaí ia tomando o frangaço do ano, mas Fred resvalou o braço na bola – culpa dos refletores fortões. A torcida de Cariacica representou bem nossas cores.

Antes das férias, ainda passo por aqui. Muito obrigado a você que nos prestigia sempre. Estamos muito vivos, sem um arranhão da caridade de quem nos detesta, o que não vai mudar.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri