Oi, pessoal.
Enquanto tricolores da Região Metropolitana do Rio preferem não ir aos jogos do Fluminense e algumas Torcidas Organizadas, que muitas vezes recebem ajuda financeira do clube, se engalfinham e se afogam numa rivalidade absurda, o funcionário dos Correios, Denis Alan, de 43 anos, sonha em ver nosso time de coração mais próximo.
Fundador da Guerreiro Tricolor do Amapá, ele nos fala sobre as dificuldades de mantê-la, os preparativos para a festa de três anos e do apoio de seu conterrâneo, Aldo, lateral direito da Máquina Tricolor de 1984.
Deixo aqui meu respeito e alegria em saber do trabalho de todos e votos de que, através desse pequeno grandioso espaço, suas palavras sensibilizem o Marketing Tricolor para que, de alguma forma, se estude a possibilidade de chegar mais perto de vocês. Aos tricolores amapaenses, meu abraço fraterno.
– Conte-nos: como surgiu a Torcida Organizada Guerreiro Tricolor, aí, em Amapá?
Denis: – Primeiramente, obrigado pela oportunidade da entrevista. Como qualquer tricolor, somos apaixonados pelo Fluminense. Eu, o Elielson Cardoso e a Maila Monise pensamos na idéia de criar uma associação onde pudéssemos reunir nossa torcida.
Com o passar dos tempos, escolhemos uma data e não podia ser uma qualquer, porque queríamos homenagear nosso Fluzão. Então, escolhemos o dia 21 de julho e assim, em 2012, inauguramos a Guerreiro Tricolor num mega café da manhã com os torcedores, a imprensa e um convidado especial: Aldo, o nosso lateral direito campeão brasileiro de 84 e tricampeão carioca.
Dali em diante, arranjamos um local na orla de Macapá, para nos encontrarmos em todos os jogos. E a boa fase do time ajudou e muito a nossa ideia porque fomos tetra!
Depois, ficamos sem local para continuar os eventos, mas apesar das dificuldades, estamos fazendo o possível para manter nossa torcida de pé.
– Nesse mês, vocês completam o 3° aniversário. Apesar das dificuldades, pensam na comemoração?
Denis: – Verdade! Completaremos três anos e estamos nos empenhando ao máximo para que aconteça a comemoração. O local será no restaurante “Prato de barro”, um espaço com a cara do Fluminense. A idéia é servir um jantar para os torcedores, a imprensa e novamente contar com a presença do Aldo.
– Quantos componentes são? Vocês se encontram para assistir aos jogos em algum local específico?
Denis: – A diretoria é composta por dez pessoas. Ao todo, somos cerca de cento e cinquenta tricolores. Temos nos reunido na sede provisória, que fica na Avenida 16 de julho, n° 1021, em Novo Buritizal.
– Quais são as maiores dificuldades para manter a GTA?
Denis: – Como é uma entidade sem fins lucrativos, temos dificuldades de fixarmo-nos numa sede. E há dificuldades com patrocínios.
– Como você se tornou Fluminense?
Denis: – Meu pai era Tricolor. Fui vendo aos jogos e me apaixonei pelo time de cores lindas. Como não ser Tricolor? Eu não sei o que seria de mim sem meu Fluminense.
– Como vocês comemoraram o título de 2012?
Denis: – Com humildade e simplicidade, conseguimos comemorar o título com muita alegria e satisfação. Só quem é Fluminense sabe o que é isso.
– Qual é sua expectativa para a o Brasileirão? O que tem gostado e o que não tem gostado nesse ano pós-Unimed?
Denis: – O time ainda está oscilando, mas está crescendo. Vai dar para lutar por títulos. Sabemos que sem a Unimed, perdemos muitos craques, mas, com o decorrer do tempo vimos que temos força para montar um time bom e competitivo. Infelizmente temos que abrir mão de jovens como Kenedy e Gérson, tão cedo. Mas confio na diretoria e no Presidente Peter.
– Para terminar, deixe seu recado aos leitores do Panorama Tricolor:
Denis: – Crys, sabe a distância de Macapá para o Rio? 2.892 Km. Muito longe, mas para quem ama, é perto. Seria espetacular ter o Fluminense aqui. O clube tem um programa chamado Tricolor em Toda Terra: gostaríamos que viabilizasse uma vinda para cá. Macapá tem muitos tricolores apaixonados e a presença do amapaense Aldo é motivo de orgulho para todos. Gostaria de aproveitar seu espaço e a importância do Panorama Tricolor, numa tentativa de sensibilizar o Departamento de Marketing do clube para que Macapá entre na rota do programa. É lamentável o esquecimento completo e a falta de consideração a nós, tricolores do Norte.
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TOQUES RÁPIDOS:
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– E domingo, é contra o Vasco da Gama, não contra o Eurico Miranda. Vamos curtir e celebrar o nosso Tricolor e ponto. Sem nos rebaixarmos ao nível do mandatário cruz-maltino e sem perdermos a fidalguia de nossa áurea verde, branco e grená, compreendo que zoar é muito gostoso, mas chutar “cachorro agonizando”, como já nos ocorreu, nunca valerá a pena.
– Bem-vindo, meu gênio, Ronaldinho! Banhe-se na luz do meu clube e ilumine os campos novamente.
– O Panorama Tricolor completa três anos hoje. Comandado por Paulo Roberto Andel, esse espaço efervescente, onde a liberdade, igualdade e fraternidade, une tricolores com diferentes linhas de pensamento com um único e intenso objetivo: cuidar do nosso Fluminense.
Parabéns, Andel. Obrigada por me permitir fazer parte. Sem esquecer de agradecer ao querido João Marcelo Garcez por me iluminar com seu apoio.
AO MARACA, GALERA!
Abraços fraternos,
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @CrysBrunoFlu
Imagem: Denis Alan\Arquivo