Geladão
O fog e o gelo da Pauliceia, o clássico do Morumbi. No começo, o Fluminense em seu campo, sem dar brechas, e o São Paulo presente, mas sem ameaças. Coube a Edson nosso primeiro chute, de longe. Ele também foi o protagonista inicial, ao tomar um cartão amarelo por ter dado uma de goleiro (na intermediária) fazendo pênalti num atacante.
Depois o jogo ficou bem equilibrado. É claro que as ações cabiam ao São Paulo: jogava em casa, tinha que tomar a iniciativa. A velha história da posse de bola inócua. Esperto, o Fluminense se fechou bem.
Cavalieri fez ótima defesa numa cabeçada de Pato. A torcida tricolor gritou bastante, como sempre. E teve o pênalti sobre o Gerson, na verdade um pênalti à escolha do árbitro. Estava de frente para o gol, dentro da área, levou um empurrão nas costas, houve falta. O avoado não marcou e quem devia não vai fazer nada mesmo. Giovanni e Pierre bateram cabeça, felizmente sem gravidade.
Luis Fabiano chutou no travessão mas o impedimento já tinha sido marcado. Ficou clara a falta do Vinicius. Hora do recreio, com direito a homenagem a feras como Waldir Peres, Arlindo e o cracaço Dino Sani, treinador do Flu em 1982.
Segundo tempo, nenhuma alteração em campo, exceto pela escalação do mandante. O Flu na boa, o São Paulo com a bola e nenhum perigo, um certo clima de partida de inverno.
Aos 20, Enderson trocou Gerson por Lucas Gomes, tentando um remake do jogo contra o Santos. Do outro lado, Ganso também estava paradaço. Então, as defesas continuavam a prevalecer sobre os ataques pouco inspirados. Perigo mesmo, aos 27: Gum travou Centurión no laço. Scarpa no lugar de Giovanni – machucado – a seguir, tomando cartão amarelo de cara. Mesmo com MJ e Lucas em campo, velocidade não havia.
Susto com a bola no travessão, Rodrigo Caio na cabeçada, Cavalieri caçando borboletas nesta – e se recuperando numa diagonal a seguir. Tolói, que muitos consideravam um novo Gamarra, perdeu uma chance de ouro chutando por cima. Ufa. Higor no lugar de MJ, para segurar o pontinho. Deu ôxo no placar.
Destaque para o Edson, que brigou do começo ao fim e foi um dos que mais chutou (é sério). Pela liturgia pragmática do campeonato, um bom resultado fora de casa. Podia ter sido melhor, não fosse o avoado. Edson Silva e sua voadora? Um louco.
Quanto ao jogo, foi outra história. Na verdade, bem chato em boa parte, preocupante no final. Mas continuamos em cima. Futebol é assim. Lá vem Cruzeiro.
Panorama Tricolor
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Imagem: exulla/flavio souza