Love in Flu, love in Copa (por Erica Matos)

namorados

Ainda no clima do dia dos namorados, quero falar de uma questão pertinente ao futebol e ao campo dos relacionamentos.

O futebol é uma coisa importante na vida do homem, certo? E quando é na vida da mulher também? Se torcem para o mesmo time, ok. Se não, como administrar em nome da paz?

Os dois gostarem do esporte que é a paixão nacional já pode ser visto com bons olhos, partindo do principio que a afinidade fará o casal sentar no sofá para ver jogos, gols da rodada e até jogarem cartola juntos.

Mas e quando o assunto é ir aos estádios? Nós mulheres, sofremos uma pressão muito maior ao assumir que vamos deixar o namorado em casa para irmos a um jogo de futebol. Tanto eles, quanto a sociedade de fato estranham, afinal,  disseram que “estádio é lugar de homem”. Eles podem fazer isso. Nós não. Infelizmente, por mais que os tempos tenham mudado e a igualdade tenha aos poucos chegado, o machismo ronda a vida das mulheres das arquibancadas.

Existem algumas maneiras de saber administrar a questão de um casal Fla-Flu, ou de um casal Flu-Vasco. Um casal Flu-Botafogo seria tranquilo para resolver a questão.

Na vida a gente aprende que quem não cede não vive bem. Não temos a razão sempre e o tempo todo.

Que tal olhar a tabela e ver se as partes suportam ir à torcida do outro? Se sim, marcarem jogos dos dois times com os dois nas arquibancadas. Se não suportam, marquem de ir sozinhos, cada um no seu quadrado. Eu por exemplo, já fui de boa à torcida do Vasco, mas não me vejo de maneira nenhuma na do Flamengo.

Sempre disse e digo que o dever de estar no estádio nas boas e nas más é nosso. Se nós não formos, quem irá?  É difícil assumir, mas infelizmente quem tem um namorado apaixonado por futebol e que não torce para o mesmo time que a amada lhe fará séria candidata a ceder ao PFC de vez em quando.  Trocar o momento com seu namorado(a) para estar no estádio vai depender sim do jogo e do momento do time.

Nem todo mundo é perfeito e nem todo relacionamento vive um mar de rosas todo o tempo.
Se a perfeição existisse, com certeza seria com um casal que escolheu torcer junto e apaixonado pelo Fluminense.

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Ontem, além de dia dos namorados, foi lembrança com doçura: um ano que a Copa 2014 começou.

No dia 12 de junho de 2014, assistimos à abertura do Mundial e ao jogo Brasil x Croácia.

A Copa, tão criticada por uns e outros antes e engolida a seco pelos mesmos, pois tivemos sim uma competição de sucesso.

Antes do Mundial 2014, usavam a expressão” imagina na Copa…”; com o decorrer da competição e com nossa recepção inigualável, a expressão se transformou em “Que saudade da Copa!”.

Quantos de nós não queríamos ter uma Copa do Mundo de novo em nosso país novamente? Jogos o tempo todo, craques de todo o mundo, turistas felizes com nossa recepção e falando muito bem do que muitos apostavam ser uma lástima.

Trato o episódio do 7 a 1 como algo à parte. Ele foi sim o maior desastre do futebol brasileiro, mas é absurdamente antagônico, pois aconteceu na Copa das Copas, sediada por nós, brasileiros.

Ontem fez um ano que tivemos um mês de sonho para quem ama o futebol.

Suárez, Lionel Messi, Schweinsteiger, Thomas Müller, Götze, Neuer, Robben, Robin Van Persie, James Rodriguez, Buffon, Andrea Pirlo, Balotelli, Cristiano Ronaldo, Iker Casillas, Andres Iniesta, além de David Luiz, Neymar, Julio Cézar e Thiago Silva.

Como não ter saudades? Como não querer todo ano?

Fecho os olhos, e lembro da vinheta que tocava tantas vezes até ficar em nossas cabeças. Como esquecer do “Oêêaaa”?

Panorama Tricolor

@Panorama_Tri @erica_matos

Imagem: em/pra
capa o fluminense que eu vivi 4 - FINAL