Oi, pessoal.

Dizem que se conselho fosse bom, não seria de graça. Há uma verdade nisso. Há uma mentira também, porque depende sobre o que é o conselho. Futebol é só futebol. Por isso, eu vou arriscar um conselho: desconfie de quem analisa uma partida com base nos números e estatísticas.

As estatísticas retratam esportes como Basquete, Rugby (Futebol Americano), Cricket (Beisebol), enfim, os esportes pró-ativos. Com isso e para dar mais dinamismo às transmissões, a TV inglesa, referência na Europa, adotou os números para dinamizar a transmissão. Nada contra.

Só que no futebol, ao contrário dos esportes supracitados, há nuances que os números não pegam e outros que os números pegam e nos enganam. Na primeira hipótese, um jogador consegue se omitir evitando errar e falha sem ser notado no esporte bretão.

Na segunda hipótese, geralmente, os “Diguinhos” acertam mais passes que os “Decos”. Isso acontece porque o passe dos volantes é curto e para o lado. Difícil errar. Já os dos meias atacantes precisam ser verticais e mais longos. Mais difícil acertar.

Os “Diguinhos” nunca serão, por isso, mais importantes, eficientes nem melhores que os “Decos”.

Outra enganação é a posse de bola. Seu time pode ter tido mais de 70%  e não ter jogado bem, podendo até perder o jogo. É algo muito circunstancial. Muito do jogo. Foi assim na nossa estreia vitoriosa sobre o Joinville.

Com um time superior e atuando com um a mais por cerca de 70 minutos, natural que a posse de bola atingisse mais de 60%. Assim, igualmente natural, o time ter tido mais de “um milhão” de passes certos e Pierre ter errado menos que o Gérson.

Por isso tudo, apesar de respeitar o estudioso técnico tricolor e entender sua ansiedade em mostrar que é capaz, torcedor que acompanha futebol há tempos como eu, não cai em balelas nem enxerga futebol com números, mas com os olhos.

Menos, professor.

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FALANDO NISSO…

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Pela característica do nosso elenco, o losango ou os meias por dentro, usando o lado do campo para o deslocamento, melhor aproveitaria o que temos de melhor. Só assim podíamos ver os três melhores jogadores da temporada juntos em campo, como DEVE ser: Jean, Gerson e Vinícius.

O que vai acabar com o Gérson é torná-lo o único meia-atacante. Sobrecarregado, não renderá como sabemos que ele pode. Com Jean aberto na ponta-esquerda, Drubs erra duas vezes: abre mão de um meia e perde o Jean. Fica com um a menos.

Além disso, só temos usado um posicionamento. Pior: o mesmo que Cristóvão insistiu em jogar e deu errado. Voltaria a usar o 4-4-2, como ele fez quando chegou ao clube.

De coisas positivas, além da compactação das linhas, o atual treinador já é melhor que seu antecessor, na leitura de jogo e, consequentemente, nas substituições, ponto fraquíssimo do Cristóvão.

Pelo o que vimos da primeira rodada do Brasileirão,  temos time para beliscar a Libertadores. Para isso, eu insisto que temos que abrir mão do trio de volantes, prendendo um dos laterais (fracos no apoio) no setor defensivo, apostando num quarteto ofensivo como TODOS os clubes grandes do campeonato jogam.

Adoraria ver Gérson, Vinícius, Magno Alves e Fred infernizando o adversário. Porque, acima de tudo, dos números, estatísticas, táticas, está o equilíbrio entre jogadores defensivos com ofensivos e a qualidade do meio para frente.

Porque, acima de tudo, futebol é só futebol.

Abraços fraternos,

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: Leonardo Miranda\Blog Painel Tático.