Esses primeiros quatro meses do ano não foram bons para o futebol do Fluminense. Uma série de escolhas equivocadas e a falta de dinheiro nos levaram a esse cenário.
Três opções que creio terem sido infelizes não podem ser justificadas pela falta de dinheiro: a viagem para os EUA no início da temporada e o prejuízo causado na preparação física, a continuidade do trabalho já contestado do antigo treinador e algumas opções de dispensa e continuidade dos jogadores pagos pela antiga patrocinadora. Nesse ponto destaco a dispensa de Cícero e a manutenção de Wagner. Segundo fontes, Cícero foi liberado por empréstimo por não ter clima bom com os demais jogadores. Situação que, segundo o Gustavo Albuquerque, acontece agora também com Wagner. Seja qual for o motivo, a dispensa de um e a continuidade do outro foi, para mim, equivocada.
Já as seis contratações feitas para a temporada podem, em parte, ser justificadas pela pouca disponibilidade financeira. Digo em parte porque nada justifica trazer um jogador do nível de João Filipe. Vitor Oliveira, Guilherme Santos e Lucas Gomes também estão muito abaixo de uma condição que justifique suas aquisições. A impressão que dá é que o tão exaltado mapeamento de jogadores que tem nossa comissão não é tão eficiente assim ou, ainda pior, é influenciado negativamente por um vírus chamado Eduardo Uram.
Nesse passo, perdemos quatro meses para nos prepararmos para o restante da temporada. E agora precisamos de contratações e muito trabalho.
Aí vêm novos problemas: primeiro no quesito trabalho. Já cansei de reclamar aqui do que entendo ser a pouca carga de trabalho no clube. Por exemplo, com a eliminação no sábado passado do lamentável Campeonato Carioca, os jogadores ganharam três dias de folga. Quarta e quinta treinaram em meio período e somente na sexta em horário integral. É assim que vamos acertar tantos problemas do time?
Espero que a tal temporada de preparação em Mangaratiba realmente ocorra e que, finalmente, o time treine intercale os treinos em período integral com dias de somente um treino.
Sobre as contratações as declarações do Mário Bittencourt de que o grupo é forte, que fizemos um bom trabalho nesse início de ano e outras falas do gênero preocupam muito. Será realmente que nosso diretor de futebol entende que trabalhamos bem nesses quatro meses e que sequer estamos na final do Carioca somente por culpa dos Rubinhos e Euricos da vida?
Nosso elenco é, no geral, fraco. E, mais, não temos um time titular forte. Peças como Gum, Jean e Wagner, que teoricamente fazem parte do chamado da espinha dorsal do time, foram muito mal nesse início de ano, especialmente Gum e Wagner.
Nas peças de reposição, não vejo como contar com Rafinha, Marco Jr., Lucas Gomes, Guilherme Santos, João Filipe, Vitor Oliveira. Falta-nos reservas de algum nível para zaga, lateral esquerda e ataque, tanto para Fred quanto para Kenedy.
Gostei da contratação do Pierre, pelo menos para compor elenco e tendo como padrão as possibilidades financeiras do clube. O mesmo pensamento serve para Antônio Carlos, só que, em seu caso, creio que chega para ser titular. Sou contra a vinda do Magno Alves, mesmo que seja para banco do Fred. Não é possível que nosso mapeamento não sinalize um jogador de 20 e poucos anos com condições de assumir esse papel. E não sei o que esperar do tal atacante de velocidade do Volta Redonda. Se ele realmente for contratado, pode solucionar nosso problema ou apenas se tornar mais um Lucas Gomes.
Na parte tática há inúmeros erros a serem corrigidos. Nesse ponto, embora Drubscky não seja o técnico de minha preferência, creio que o treinador mostrou nesse mês de clube que conhece do riscado (como se dizia antigamente). Embora sua escalação do sábado passado tenha sido contestada por alguns, acho que ele fez no geral um bom trabalho e o que pôde nesse período à frente da equipe. Portanto, na parte tática acho que teremos uma boa novidade no dia 9 de maio. Acredito que, principalmente, os erros coletivos de marcação serão dirimidos.
O terceiro problema parece estar enraizado no clube (há vários anos) e, portanto, parece-me de difícil solução: a aparente falta de vontade dos jogadores em boa parte dos jogos. Citando apenas esse ano, temos os exemplos do último jogo contra o Botafogo (no primeiro tempo) e a derrota para o Vasco. Em ambos os casos fomos dominados de forma acachapante, engolidos, por times inferiores ano nosso na base da vontade, da imposição.
A pergunta é: por quê? Por que em várias ocasiões vemos o time adversário com vontade de trucidar o adversário e os nossos jogadores como se tivessem disputando uma pelada entre casados e solteiros? Que mistério é esse?
Para resolução dessa questão creio que deveria haver envolvimento e cobrança forte da diretoria de futebol, visto que entra e sai jogador, troca-se técnico e a torcida continua acompanhando esse tipo de comportamento. Essa malemolência do nosso time parece estar institucionalizada e incomoda muito o torcedor que quer ver o time pelo menos lutando. Vencer é outra história. Basta ver o exemplo que a torcida deu na derrota para o Flamengo, quando entendeu a luta que todos os jogadores tiveram naquele jogo e, mesmo com uma derrota já confirmada, deu show no Maracanã nos últimos 15 minutos de jogo.
Antes que eu me esqueça: vencer ou ganhar é a p…
Panorama Tricolor
@Panoramatri @Mvivone
Imagem: canelada.com.br
#SejasóciodoFlu
Boa Vivone. A coisa mais irritante é a falta de ímpeto do time. Podemos até ter um time ruim, abaixo da média, ou chamem do nome que quiserem, mas a falta de ímpeto não tem como ser justificada. Parece ser ainda um ranço da época do técnico baleia, onde o time achava q poderia ganhar os jogos a qualquer momento.
É muito complicado começar um campeonato com tão poucas perspectivas. E, pior q isso, é q ano ruim é prelúdio de um outro pior ainda.
Vamos q vamos. Desanimar jamais.
Abs do Tom.
Vivone:
André,
O cenário tá complicado, mas as mudanças que estão sendo feitas, ainda que tardias, estão me agradando.
Vamos aguardar.
Abraço.
Vivone, a liberação do Cicero foi na minha opinião o pior erro da diretoria. Um jogador que tal como Fred tem capacidade de definição de jogadas, “faro de gol”. Cicero me parece um jogador muito sério, se não dava-se bem com o elenco, deve ser por conta da tal “panela”, a mesma que resolveu fazer corpo mole no brasileirão 2014 e que ainda mostra seus efeitos nos jogos citados por você contra Vasco e Botafogo. Nada tira da minha cabeça que Wagner é peça chave dessa “panela do…
Vivone:
Vicente, concordo com todas as suas observações.
Um abraço.
O grande problema é a falta de um técnico do tamanho do Fluminense Football Club.