Neste primeiro jogo das semifinais, Ricardo Drubsky foi obrigado a mexer no time titular que vinha atuando: Renato no lugar de Wellington Silva, suspenso; Henrique entrou no lugar de Marlon, que sentiu; Lucas Gomes foi para o ataque porque Kenedy também levou o terceiro cartão amarelo. Aproveitou e colocou Vinícius e mandou o sonolento Wagner para o banco.

Primeiro Tempo

O Fluminense começou o jogo procurando o ataque. Edson estava aceso. Gerson, pela esquerda, e Lucas Gomes, do outro lado, tentavam abrir a defesa alvinegra. No entanto, a bola não chegava ao Fred.

Aos 15’, Gum, de bicicleta, furou e Bil bateu rente ao travessão. A partir desse lance, o Botafogo cresceu no jogo e mandou o Fluminense para trás. A temida zaga tricolor, para seus próprios torcedores, é claro, falhava e o gol de Cavalieri ficava em perigo. Inclusive, na primeira disputa em velocidade entre Henrique e Jobson, claro, o jogador botafoguense chegou à frente. Mais um susto: aos 23’, uma bola alçada passa por todos e Cavalieri salva. Mais uma vez a zaga tricolor não achou nada.

Meia hora de jogo e o Fluminense estava encurralado. A marcação do Botafogo era muito eficiente. O time tricolor tentava o contra-ataque, mas Lucas Gomes não conseguia completar a jogada. A situação estava preocupante, principalmente porque, quando recuperava a bola, o passe era mal feito. E tome pressão. O time jogava mal.

Opa! Fred? Arrá! Gol! Gooooooooooooooool… Lançamento longo e perfeito de Vinícius para Gerson. O garoto fez que ia para o fundo e cortou para dentro, olhou para área, viu Fred por trás do zagueiro botafoguense e fez um cruzamento perfeito. O artilheiro tocou de cabeça, no ângulo. 1×0. 12º gol em 18 jogos, 149º com a camisa tricolor e sexto artilheiro de todos os tempos. Também, foi o 300º gol de sua carreira.

Segundo Tempo

Na volta dos vestiários, Drubscky colocou Marlone no lugar do inoperante Lucas Gomes. Logo no início, numa disputa de bola, Fred levou uma forte pancada e, a partir daí, ficou sentindo e mancando.

Por volta dos 10’, duas vezes Marlone. Na primeira, entrou pela esquerda e bateu. No rebote, Giovani chutou cruzado e Renan salvou. Em seguida, Marlone entrou novamente pela esquerda e chutou em cima de Renan. Dois gols perdidos. O Botafogo dava muitos espaços para os contra-ataques tricolores. Ainda mais depois que Renê Simões mandou Pimpão e Sassá para o campo.

Entre os 15’ e os 25’ o jogo ficou truncado e feio. Para dar mais objetividade nos contra-ataques, Ricardo Drubkscky colocou Wagner no lugar de Renato e puxou Jean para a lateral. No primeiro lance, Wagner foi lançado e colocou Marlone na cara do gol. Em vez de devolver para o meio, Fred entrava livre, Marlone preferiu chutar. A bola foi longe. Um ótimo contra-ataque desperdiçado.

Na jogada seguinte, outro lance em velocidade. Marlone rolou para Wagner ir ao fundo. No cruzamento, o zagueiro botafoguense deu uma de goleiro e tirou com as mãos. Pênalti. Pênalti? Fred? 150º gol com a camisa tricolor. Fred se colocou em sexto artilheiro tricolor isolado, deixando Russo na sétima posição. E o Botafogo disparava como principal freguês “frediano”.

Daí em diante, as duas torcidas só viam um gol à frente. A do Fluminense para matar o jogo. A do Botafogo para recolocar seu time de volta à disputa. E a alvinegra teve seu pedido atendido: aos 41’, falha terrível da zaga tricolor. Gol de Arão, gol do Botafogo. Pressão. Aos 47’, outra falha da zaga. Só que dessa vez, na cara de Cavalieri, Arão isolou. Quase o empate. Apito final e vantagem revertida.

Destaques do jogo: Ricardo Drubscky, que fez boas substituições, Marlone que colocou fogo no jogo, sem trocadilhos, e, claro, Fred, que mais uma vez comandou o time dentro de campo, marcou dois gols, ajudou a defesa nas bolas paradas e, mesmo machucado, lutou como um guerreiro até o fim.

Falando em Fred, deve ter sido sua despedida do campeonato. Quarta-feira será julgado e, quase com certeza, será suspenso. Ou alguém acredita que o julgamento será adiado?

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: www.goal.com

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