2015, Unimed e elenco – Parte II (por Marcelo Vivone)

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Em coluna anterior (http://www.panoramatricolor.com/2015-unimed-e-elenco-parte-i-por-marcelo-vivone) falei de 2015 e da permanência da Unimed. Na coluna de hoje analiso a formação da linha de defesa do elenco com a base de Xerém e contratações pontuais, adaptadas ao novo padrão financeiro do clube, com a diminuição do aporte financeiro da investidora e com a continuação do saneamento das dívidas contraídas por gestões anteriores do clube.

Considero que, dos chamados jogadores experientes do grupo de 2014, permaneceremos certamente com Conca e Cícero e, talvez, Wagner. Já Cavalieri e Fred são casos para uma análise mais profunda, com a tendência de não permanecerem. O mesmo vale para Gum, mas por motivos distintos dos 2 primeiros.

Ressalto novamente que a análise dos garotos que podem ser úteis ao clube, seja para compor o elenco ou, especialmente, para aqueles que serão titulares na próxima temporada deve ser criteriosa. Sinto hoje que alguns garotos têm suas capacidades supervalorizadas e essa visão distorcida de suas qualidades pode comprometer a montagem do elenco de 2015.

Faz parte também da montagem do elenco, o enxerto de jogadores a serem contratados para vagas não preenchidas pelo que temos proveniente de Xerém. Sempre deixando claro que quando falo em contratações, são movimentações adaptadas ao quadro de redução de dinheiro disponível de 2015.

Enxergo para 2015 a oportunidade que há muitos anos não temos de montar um elenco equilibrado entre as linhas defensivas, de meio de campo e ofensivas. Com um maior controle do Fluminense sobre quem vem e quem vai embora, será possível ver, finalmente, um elenco com boas peças em todas as posições do campo.

Começo a analise do elenco pelo gol. Com a possibilidade de permanência de Calvalieri, creio que estamos bem servidos em termos de reservas, sendo Kléver o substituto imediato. Não entendi a contratação do tal Júlio César, que, confesso, não tenho lembrança de quando defendia o Botafogo. O 3º goleiro, para mim, seria o Marcos Felipe, que foi e é goleiro de seleção brasileira em todas as categorias de base que passou.

A lateral direita é, desde a saída de Mariano, um grande problema do time e do elenco. Até o final do ano provavelmente teremos uma noção melhor da qualidade do recém-contratado Renato, que jogava pelo ABC e pertence ao Sport. Caso mostre qualidade para assumir a titularidade da posição, o clube deveria investir no menino dos juniores, que dizem ter potencial. Em caso de insucesso de um ou de ambos, a diretoria precisará ir ao mercado em busca do titular e/ou de um reserva de bom nível.

Na lateral esquerda tenho gostado da participação do Fernando. Acho que é um garoto que tem potencial, mas que precisa ser orientado e ser repetidamente treinado no fundamento defensivo. Em termos de ataque já tem boa formação e precisa somente amadurecer, mas não dá para ter um lateral titular com a deficiência defensiva que tem nosso jovem jogador. Creio não ser nada que não possa ser corrigido. Para a lateral esquerda, seria necessária a contratação apenas de um jogador para a posição.

A zaga, ao lado da lateral direita, é o grande problema que temos, por conta da constante formação desequilibrada dos elencos, ano após ano. Do grupo atual, seja por questões financeiras, como o caso de Gum, seja por questões técnicas, casos de Fabrício, Elivélton e Henrique, creio que a continuidade para o ano que vem fica por conta apenas de Marlon, sendo que o considero o titular da quarta zaga de 2015. Precisaríamos, portanto, buscar o seu reserva imediato e, ainda, um ou dois zagueiros centrais, a depender do que mostrar o novo zagueiro central, Guilherme Mattis.

Na próxima coluna, trato dos setores de meio de campo e ataque e finalizo, por ora, o assunto da montagem do elenco de 2015.

Panorama Tricolor 

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Imagem: google

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