Sem ufanismos, sem paixão, mas esse time do Fluminense está jogando um futebol que dá gosto de se ver. Envolvente, com troca de passes constante, marcação agressiva e muita movimentação. Um futebol digno dos grandes clubes da atualidade (Barcelona, Real Madrid e Bayern). Um futebol digno da seleção alemã campeã do mundo na Copa realizada aqui no Brasil.

E os números não mentem. A média de acerto de passes nos últimos jogos tem sido de 95%. Maior que da seleção alemã na Copa. Nos últimos quatro jogos a defesa tricolor não foi vazada nenhuma vez. Seu ataque fez nove gols. Números absolutamente fantásticos. Além disso, somos os vice-líderes do Brasileirão. E ontem, praticamente encaminhamos nossa classificação rumo às oitavas de final da Copa do Brasil.

O Fluminense entrou na bela Arena das Dunas em Natal com um time misto, já que Sóbis, Wagner, Valência e Henrique foram poupados. Para os seus respectivos lugares: Fred, Chiquinho, Edson e Elivelton. E nada mudou. O time jogou muito bem e emplacou 3×0 no adversário sem sustos. E até poderia ser de mais.

O time tricolor achou o gol cedo, o que deu enorme tranquilidade. Mas, pelo que jogou ontem, acharia de uma forma ou de outra e ganharia com a mesma facilidade. Numa cobrança rápida de lateral, Chiquinho recebeu ao lado da área e cruzou para Cícero matar no peito e emendar bonito pro fundo da rede sem chances pro goleiro. Sabem quem era o goleiro? Ele mesmo: Fernando Henrique.

Em seguida, Fernando Henrique saiu para cortar um cruzamento, se chocou feio com o zagueiro e deve que deixar o jogo, contundido. Sorte a dele, pois o Flu continuou atacando e ahou seu segundo gol no começo do segundo tempo, novamente em jogada com Chiquinho que cruzou para Cícero tocar de biquinho por entre as pernas do goleiro.

Então Cristóvão colocou Wagner, Sóbis e Walter para jogar e manteve Fred, alterando o esquema e dando ainda mais ofensividade ao time.

Falando em Fred, ontem pudemos ver o efeito do quarto poder sobre a consciência das pessoas. Fred foi extremamente vaiado quando tocava na bola, fruto da perseguição sofrida pela imprensa pela pífia campanha do Brasil na Copa do Mundo. Mas ele não se abateu. Jogou bem. Não fez gol. Mas, se deslocou, participou ativamente da troca constante de passes do Fluminense e coroou seu jogo com uma bela assistência para o gol de Conca. O terceiro e derradeiro gol do jogo.

Vitória maiúscula, mais uma vez sem susto e com um futebol muito bom de se ver e para nós, felizardos tricolores, de torcer. É muito cedo para qualquer coisa, mas sem dúvida praticamos o melhor futebol do Brasil hoje. Até a ridícula imprensa brasileira está se tocando disso.

Agora é voltar as atenções para o Brasileirão no difícil jogo contra o Coritiba de Alex no Maracanã.

É vencer ou vencer!

E torcer para um tropeço da Raposa.

Vamos com força e fé pro Maracanã, sábado.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: ffc/nelson perez