1º tempo
Se a torcida do time paranaense estava proibida de entra no estádio ainda por conta da briga com a torcida do Vasco no ano passado, o esquema tático montado por Cristóvão e a disposição dos nossos 11 jogadores impediu que também os jogadores do adversário marcassem presença no estádio.
Foi um tempo de um time só. O Fluminense dominou de forma inconteste os primeiros 47 minutos de jogo.
O jogo começou com muitos erros de passes de ambos os times, situação motivada pela infeliz mania de molhar o gramado minutos antes do início da partida. Quem jogou bola sabe o quanto a bola fica “viva” com o gramado molhado e como dificulta a troca de passes. Sem falar que muitos jogadores não utilizaram a chuteira correta para gramados úmidos e ocorreram muitos escorregões nos primeiros 10 minutos de jogo.
Depois de 10 minutos os jogadores Tricolores se adaptaram ao gramado e o Fluminense passou a dominar as ações. Antes do gol chutamos 2 bolas de fora da área defendidas pelo goleiro adversário.
Aos 17 minutos, depois de uma troca de passes que define bem a forma de jogar do time do Cristóvão, Jean acertou um belo chute de fora da área sem chance de defesa. Gol do Fluminense.
Após o gol o time passou a jogar “por música”. O toque de bola passou a fluir com ainda mais facilidade, realizamos jogadas trabalhadas pelo meio, pelas laterais, ultrapassagens pela esquerda e pela direita, jogadas de linha de fundo. Esses 30 minutos poderiam servir para elaborar um manual de toque de bola e movimentação.
Houve tempo ainda para mais um gol. Cícero recebeu uma bola pelo alto no meio de campo e achou Sobis livre de marcação entre a zaga adversária. Se Sobis fosse um jogador rápido, teria parado dentro do gol. Mas como velocidade não é seu forte, ele permitiu ainda que o zagueiro se recuperasse e acabou sofrendo pênalti do goleiro. Bola na cal e estopa, na cobrança de Conca. Nosso argentino bateu mal, mas a força da batida não permitiu a defesa do goleiro.
Continuamos o show até o final dessa etapa e ainda poderíamos ter aumentado o placar.
2º tempo
Como era de esperar, o Atlético voltou com postura mais agressiva e consegui equilibrar as ações. Ainda assim, pela vantagem conquistada no 1º tempo, o Fluminense seguiu tranquilo, visto que o adversário não conseguiu ameaçar nossa meta.
O jogo seguiu brigado no meio de campo e sem chances de gol para ambos.
Aos 17 minutos, Cristóvão trocou Sobis por Walter, para explorar a característica que tem o gordinho de fazer o pivô e prender a bola na frente. No primeiro lance que participou, recebeu a bola de costas e tocou para Conca. O argentino recebeu já dentro da área e colocou a bola na cabeça de Cícero. Terceiro gol Tricolor e partida encerrada.
Com a grande vantagem no placar, aconteceu o natural relaxamento e, a partir dos 28, a equipe adversária começou a chegar com mais perigo à nossa área.
Cristóvão imediatamente colocou Chiquinho no lugar de Wagner para dar gás novo ao meio de campo.
Ainda deu tempo de Cavalieri fazer uma grande defesa.
Resumo do jogo: um passeio Tricolor.
Quando se tem um treinador de qualidade, que conhece profundamente sobre futebol e que utiliza o tempo disponível para treinar a equipe, muda-se o esquema tático e o time ainda assim atua com autoridade, com cara de quem vai disputar o campeonato para lutar pelo título. Tudo bem diferente do que a gente via antes do Cristóvão assumir.
Panorama Tricolor
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