Qual o tamanho do seu amor por futebol? Você é daqueles que vê qualquer partida? XV de Piracibacaba e Mirassol é um clássico imperdível? Não precisa chegar a tanto para se considerar um amante do futebol. Quanto você ama seu clube? Seu amor pelo Fluminense é mensurável? Tem algum parâmetro? Por que começou a amar? Quando nasceu esse sentimento teve motivo aparente?
Às vezes penso que gostaria de não sentir tanto. Em dias complicados e de derrotas humilhantes tenho vontade de estar em outro país, outro planeta talvez. Penso que se eu fosse um fã de Críquete, Curling ou patinação no gelo, minha vida seria menos tensa em certos momentos. Tenho vontade de me isolar de todos, não falar com ninguém, não abro o jornal do dia seguinte para ler as críticas. Mesmo quando sei que fomos mal, ler outra pessoa falar não me faz bem. É como alguém falar mal de um ente querido. Só eu posso falar mal do Gum. O Renato Mauricio Prado não. Eu e meus companheiros de batalha temos autorização para criticar a escalação. O Neto e o Milton Neves nunca. Pior que xingar a mãe.
Nosso amor não se mede e se mostra ainda mais presente em momentos como esse que passamos. A proximidade da zona de rebaixamento nos faz pensar nos dias difíceis que já passamos. Muitos que hoje estão nas arquibancadas não têm lembrança dos terríveis anos 96-99. Outros como eu sabem muito bem o tamanho desse sofrimento. Não queremos isso de novo. Por isso vamos em frente mesmo quando o time não parece corresponder. Ganhamos no grito. Lotar é nossa obrigação. Torcida e time se tornam um só, pois assim somos.
Cada um, mesmo os que vivem distantes do Rio de Janeiro, doam sua parcela de amor. A distância não impede a paixão. Vista sua camisa nas ruas. Demonstre o orgulho tricolor. Reze. Ore. Acenda velas. Grite na janela. Segure um amuleto. Faça o que acreditar. Só não seja indiferente.
Nunca abandone a mulher amada. Não dê as costas ao filho que te pede ajuda. Jamais se esconda. Pelo Fluminense.
Panorama Tricolor
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