Quando o Goiás bateu tranquilamente a Ponte Preta e o Grêmio venceu o Vasco ontem à noite, o caminho dos bons presságios parecia estar totalmente aberto ao Fluminense.

Depois, a vitória do Criciúma sobre o Atlético-PR teve ares de ducha d’água geladissima – mas longe da safadeza de 1996. Menos mal que o Coritiba caiu frente ao Corinthians e a Portuguesa empatou com o exasperado Botafogo no Maracanã. Ninguém disparou. Continuamos fortes na teoria de três vitórias libertadoras para salvar de vez 2013.

Hoje, precisamos vencer o Náutico de qualquer maneira e torcer pelo Santos contra o Bahia. O que basta para deixar a incômoda zona de rebaixamento. Não é nada do outro mundo. Resultados normais, até, com todo respeito ao Timbu e ao esquadrão baiano.

Chegou a hora da decisão.

Não como a que gostaríamos, mas a que o momento impôs.

E por conta da imposição que a presença da torcida do Fluminense torna-se fundamental logo mais.

Vão ser 15, 25 ou 40 mil pessoas? Não sei dizer. Quem dera, lotemos como acredita Caldeira. Todavia, qualquer seja o número, mais importante é a vibração e o apoio para sairmos da terrível situação.

Em campo, vamos conferir as mexidas e o novo gás de Dorival Júnior, encarando cinco jogos de vida ou morte. Melhor dizendo, quatro: não dá para pensar em salvar a vida na ultima rodada contra o Bahia na Fonte Nova. Tem que ser antes – e será.

Não adianta lamentar o que passou ou ficar procurando culpados individuais. O grande foco da questão é salvar o Fluminense de qualquer maneira. Se não podemos entrar no campo – mesmo! -, que a velha nova arquibancada seja palco de glórias. Façamos nossos gritos para que a turba do gramado se empolgue e nos dê uma vitória tão sonhada.

Primeiro, vencer o Náutico de todo jeito. Depois pensamos no resto. Uma batalha após a outra.

Não será um fim de primavera fácil. Mas desde quando foi?

Quem se lembra da tempestade na geral em 2009, com arquibancadas interditadas e senhores engravatados ensopados no setor mais popular de um Maracanã que ainda era popular? Muito pior naqueles tempos, amigos, muito pior. Daí poder acreditar nos melhores cenários para logo mais. Isso não é ser iludido, isso é torcer, é acreditar, é tentar superar! Entre a certeza oca dos bacharéis do derrotismo e a ambiciosa esperança dos tricolores que já viram o impossível se retorcer, fico com a segunda alternativa – e está aí o meu amiguinho Wendel na foto que não me deixa mentir.

Só por hoje, hora de empurrar uma máquina emperrada, aterrisar um avião desgovernado sem vítimas fatais e escapar mais uma vez do inferno.

Só por hoje, meio a zero vale um título. De todos nós. Do nosso amor por este time, que vem de muito tempo atrás. E que será permanente, como sempre esperamos. “O sol nascerá”, ensinou Cartola.

Só por hoje as vozes têm que ser apenas uma: a do apoio integral para tirar o Fluminense do atoleiro.

Conto com você logo mais. Domingo também.

Oxalá o carnaval aconteça.

PanoramaTricolor

@PanoramaTri

Nota: aos amigos Shara Rodrigues, Evandro Xulla, Anderson Olivieri, João Henrique Castro e mais toda a turma cruzeirense mundo afora, os parabéns pelo heroico e brilhante tricampeonato brasileiro de 2013 conquistado ontem. Campeão de ponta a ponta, inconstestável. Se o campeonato não teve o brilho que deveria ter, azar dos demais concorrentes – neste ano, o Cruzeiro sobrou tal como o Fluminense fez em 2012. Um grande abraço e desconfio que os celestes ainda vão comemorar muito na Praça Sete este ano. Adivinhem por quê?

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