Os problemas do Fluminense todos tricolores já estão cansados de saber. A diferença é que uns exageram e outros colocam na conta de quem não deve. O fato é que os problemas existem e suas consequências se mostram na tabela de classificação. Mas existe um que está me chamando atenção. Quem pensou “planejamento” errou e quem pensou “zaga”, também. O que eu tenho reparado é que estamos sem uma liderança, sem uma referência em campo.

O que quero dizer com referência, não é o “homem de referência”, o centroavante. Mas é aquele jogador que recebe a bola quando a situação fica apertada, que todos os outros buscam na situação adversa e que, por muitas vezes, é o primeiro a ser procurado na hora do abraço.

Nossa situação atual pede por essa figura, mas nenhum dos que entram em campo atualmente tem esse poder. Nem mesmo os mais experientes.

Sóbis, Felipe, Wagner, Edinho, Jean, Cavalieri e até o Gum. Poderia ser qualquer um deles ou mesmo todos eles, mas, por um motivo ou por outro, nenhum consegue liderar o grupo. E, além de nós torcedores, é claro, quem sofre são os garotos. Estão jogando com o peso do mundo nas costas. Um substituindo o outro e nenhum deles com a tranquilidade de poder jogar seu futebol em todos os jogos do jeito que sabem. Correm, se esforçam e lutam, mas quando a batata fica quente, olham para os lados e não sabem em quem confiar.

Tudo bem que alguns deles estão sendo jogados de um lado pro outro no campo, como Rafinha e Igor Julião, mas a falta de um orientador faz diferença. Agora chegou o momento que terei que me contradizer, porque a nossa referência é o homem de referência. Fred faz mais falta do que se pode imaginar. Não apenas pra colocar a bola pra dentro, mas para liderar o time.

Não sou inocente a ponto de acreditar que ele é o salvador da pátria e também espero que vocês não contem com isso. Mesmo porque, ainda que volte em novembro, duvido que consiga pegar ritmo de jogo antes do fim do campeonato. Mas é ele quem serve de espelho para os outros jogadores. Só de entrar em campo já faz a diferença. Ele é o líder tricolor. Ele incentiva, orienta, briga, puxa a marcação, irrita o adversário, não se esconde, pede a bola, segura a bola, briga com o juiz, levanta quem está no chão e grita “deixa que eu resolvo”.

Com Fred em campo, o Fluminense é mais Fluminense.

Volte logo, capitão!

ST!

Nos acréscimos:

– Faz pelo menos cinco anos que falam em Anderson Martins no Fluminense. É sério que alguém ainda acredita?

– Robinho? Não, por favor. Viria para ser o típico medalhão sanguessuga. Se tivesse o futebol que acha que tem, seria titular absoluto no fraquíssimo Milan de hoje em dia.

– Segundo a Tupi, Rhayner, Valência e Anderson vão embora. Alguém sentirá falta? Aliás, quem é valência mesmo?

– Impressionante mesmo o Ibrahimovic. O cara dá um bico e faz golaço, manda de letra e faz golaço, dá cambalhota e faz golaço, dá chute de tae-kwon-do e faz golaço, pensa na morte da bezerra e faz golaço… Sorte do resto do mundo que a Suécia não tem mais jogadores no nível dele.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C.