Dia 30 de agosto de 2012, Laranjeiras. Desacreditado por muitos (principalmente pela flapress) mas, apoiado por uma massa tricolor, a maior arrecadação via crowdfunding (famosa vaquinha) que o Brasil já viu teve sua noite de gala. Com a incrível marca alcançada, o Fluminense retribuiu à sua torcida com muita classe e promoveu a festa de entrega dos livros aos participantes com presenças mais que especiais de ídolos de diversas gerações.

Lendas do Mundial de 1952 (como Jair Santana), Paulo César Caju, Parreira, Rubens Galaxe, Delei, Romerito, Paulo Victor, Assis, Washington “Coração Valente” e Ricardo Berna foram alguns dos que eu pude ver, chegar perto e até cumprimentar. Aliás, o carrasco Assis é uma das figuras mais simpáticas que eu já conheci na minha vida, o mais solícito de todos. Além dos jogadores, estavam alguns da comissão técnica, o Presidente Peter Siemsen (também extremamente simpático) e o nosso glorioso Rafa Marques, ainda em recuperação.

O tricolor mais popular da atualidade, o jornalista Pedro Bial recebeu em sua homenagem a Medalha Nelson Rodrigues e, sempre efusivo em seus discursos, foi muito feliz com os seguintes dizeres: “ – Para que time torcia Shakespeare? Para que time torcia Dostoievsky? Só o Fluminense tem um gênio da literatura mundial como o Nelson Rodrigues. Hoje está aqui o torcedor, que quando criança via o escudo do clube sorrindo para ele. É uma honra muito grande receber essa homenagem.”

Não faltou bebida e os salgadinhos eram de excelente qualidade. Melhor pra quem chegou cedo ou ficou até o final, os momentos de maior fartura e de mais fácil acesso aos ídolos. O salão nobre está realmente um show. Impecável. O serviço de manobrista oferecido foi fundamental pra muita gente.

Mas e o livro? O livro está lindo, é um excelente trabalho gráfico. Dhaniel Cohen, Heitor D’Alincourt, João Boltshauser e Carlos Santoro merecem os parabéns pela verdadeira mineração que fizeram e resultou em tão fantástica coletânea. Só tem um porém: era para o nome dos participantes constar no livro. Acho que se esqueceram disso. Foi divertido ver todos procurarem seus nomes no pôster recebido e no painel montado, mas a premissa de ter o nome eternizado na obra era muito mais interessante. Enfim…

Ao lado do stand de entrega do livro, estavam vendendo mais 300 cópias com faturamento destinado à viabilização do busto de Nelson Rodrigues. Adivinhem só! Mais uma meta cumprida!

Pode parecer vaidade, mas uma coisa bacana da festa foi ser reconhecido. Lá estava eu lutando por um autógrafo do Romerito (que eu não consegui) e rapidamente já estava conversando com outros tricolores na fila. De repente um deles perguntou se não era eu que participava daquele programa… o… Panorama Tricolor. Podem rir, mas eu realmente achei legal. Depois ainda conversei bastante com o Fernando (Mello, que me reconheceu primeiro) e posso dizer que é muito gratificante receber elogios em nome da equipe. Claro, fiz questão de abrir a porta para críticas também.

Ao sair da festa ainda fui parar na gravação do Panorama Trash Show. O resto é história…

ST!

Rodrigo César – O Rods

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin