Papo com Agostinho (por Marcus Vinicius Caldeira)

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Tricolores,

Ontem, realizamos o ato em frente à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para pedir isonomia no tratamento das dívidas do clube e acordo para o parcelamento da dívida. A ideia era mostrar que a torcida do Fluminense está acompanhando de perto o que está acontecendo, fazer pressão e entregar o abaixo-assinado, feito pela torcida na Internet, ao procurador Agostinho Neto.

E obtivemos êxito! Conseguimos fazer pressão. O procurador recebeu um grupo de quatro tricolores para um papo, acolheu o abaixo-assinado e o evento ainda teve uma ampla cobertura da imprensa.

Entraram para a audiência: eu, Danilo Felix (Conselheiro do clube), Ricardo Conceição (funcionário do clube) e Pedro Abad (tricolor, funcionário da Fazenda e membro do conselho fiscal do Fluminense).

Fomos recebidos de forma respeitosa e educada pelo procurador Agostinho Neto e seu staff (um deles, tricolor) e com a companhia de dois policiais militares. Claramente a procuradoria estava pressionada por ameaças que receberam e temiam o pior. Tanto que falaram mais de uma vez que se surpreenderam com a conduta do protesto. Falei para ele e pro policial: “Aqui é a torcida do Fluminense”.

O primeiro a falar foi Pedro Abad, que usou uma linguagem mais técnica com o procurador, tentando entender o que se passava e mostrando em termos técnicos a boa vontade dessa nova gestão em cumprir seus compromissos fiscais.

Depois, falou Ricardo Conceição, funcionário do clube que, de forma emocionada, apresentou um panorama da situação lamentável (salários atrasados) em que os trabalhadores do clube se encontram, fruto desta intransigência da procuradoria, e apelou para que se resolvesse logo esta situação, para o bem dos 650 funcionários do clube e seus familiares.

Danilo Félix fez alguns questionamentos mais políticos, mostrando ao procurador que isso não vem de agora e tentando arrancar do Agostinho o porquê da má vontade da procuradoria com o clube. Em vão! O procurador esquivou-se e tirou o dele da reta, dizendo que há 120 dias já não é mais da sua alçada. E ainda “deu o caminho das pedras”: Brasilia, via AGU. Como se o Fluminense já não soubesse disso.

Por fim falei eu, apelando para o bom senso do procurador, falando da história centenária do clube, seus préstimos à sociedade e dizendo inclusive que o Fluminense é o pai do clube que ele torce. Disse que, como torcedor e sócio, estava à cavaleira para elogiar a gestão atual, uma vez que votei nulo nas eleições passadas, e reconhecer o esforço dessa gestão em cumprir seus deveres fiscais e tributários, diferente de gestões passadas irresponsáveis. Reafirmei que não queremos o perdão da dívida e que, da mesma forma que a torcida repudiou o gesto do Álvaro Barcelos no episódio do estouro de champanhe, repudiamos as gestões passadas que não cumpriram suas obrigações, e que repudiamos veementemente o grande acordo que está sendo costurado em Brasília para livrar as dívidas dos clubes brasileiros. Por fim, apelei novamente para o bom senso, pedindo para que se pare com esta asfixia e que não se leve à morte a paixão de milhões de brasileiros.

O procurador pediu a palavra, e passou a seguinte mensagem em resumo: não está mais na alçada dele. Disse que o processo tem que ser feito por Brasilia, via AGU, e que podemos usar o modelo que o Vasco usou para conseguir êxito (via política). Seguiu dizendo que irá receber o abaixo-assinado, encaminhará às instâncias superiores e que, se preciso fosse, iria até Brasilia para levar o abaixo-assinado. E de fato chancelou o documento.

Para encerrar agradecemos a audiência, porém reafirmamos que a torcida do Fluminense continuará fazendo pressão até que este acordo saia e o clube possa tocar sua vida.

Voltamos para o ato, transmitimos tudo isso, puxamos mais palavras de ordem e, por fim, cantamos o hino do Fluminense. Decidimos convocar um novo ato para quinta, dia 5/9, às 17h, no Rio de Janeiro (de novo em frente à PGFN) e, em Brasilia, na porta da AGU. Entregaremos outro abaixo-assinado.

O mais importante de tudo é que ele sentiu a pressão, nos recebeu e encaminhou o documento.

Não nos interessa por onde será! Se ele tem ou não alçada pra isso! Agradecemos a recepção, a “boa vontade”, mas afirmamos que continuaremos com os atos até que o acordo saia.

O Fluminense somos todos nós!

Semana que vem teremos que ser 2.000 e continuar a pressão.

Que assim seja!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Foto: http://www.socceranchor.com/

8 Comments

  1. Olá Marcus, que continuem as manifestações até que deixem nosso clubem em paz. Só a título de curiosidade: Você viu se o Agostim possui realmente em sua mesa uma bandeirinha dos molambos ???

  2. Valeu Caldeira!
    A luta continua; “…quem nunca viu, venha ver, caldeirão sem fundo ferver…”

    ST4

  3. Parabéns pela atitude !! Tentei ir mas o horário não ajudou. Quem sabe dia 5 ?
    ST

    1. O próximo será às 17h! Pensamos nesse horário para melhorar para quem trabalha.

  4. Uma verdadeira ATA da assembleia / manifestação com todos os detalhes!

    “Amanhã vai ser maior!”

    ST4!!!!

  5. Muito bom essa entrega do abaixo assinado, com os devidos esclarecimentos, provando que a torcida tricolor é educada mas participavtiva e que como sempre vamos lutar até o fim.

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