Eu sou uma pessoa otimista, logo um torcedor otimista. Eu costumo esperar o melhor da vida, o melhor das pessoas, o melhor do Fluminense (antes que eu continue, entenda que sou otimista, mas mantenho meu pé no chão. Logo, não vá pensando que vivo e acredito num mundo de faz-de-conta). Por causa desse otimismo acabo me decepcionando fácil. Mais fácil do que eu gostaria. Mas, por bem, também relevo as coisas com facilidade. O fato é que às vezes alguns golpes causam mais que decepção e para estes a questão nem é relevar.
Quarta-feira à noite (já quinta, na verdade), uma bola na trave e a explosão de uma torcida. O Atlético Mineiro se sagrou campeão da Libertadores. Eu pensei que ficaria puto, mas na verdade eu estava atônito. Tudo se silenciou, fiquei reação, sem piscar e, aparentemente, até sem respirar. Descobri que eu não estava torcendo contra o Galo, mas sim torcendo que aquele fosse o Fluminense. Junto com a descoberta veio uma sensação de vazio transportada lá de 2008.
O vazio. Aquele sentimento que vem quando você perde o chão, quando você leva um pé na bunda, quando você é o cachorro que caiu da mudança, quando você vê alguém tomando o que é seu. Percebi que era assim que eu me sentia.
O que os fez ganhar a Libertadores e a gente não?
Seria merecimento? Mas como julgar isso?
Seria time? Acredito que não, afinal é o elenco campeão brasileiro.
Seria sorte? Talvez, mas é uma coisa que não se pode controlar.
Seria a arbitragem? Não. Prejudicou a eles tanto quanto a nós.
Seria vontade? Olha… Arrisco dizer que talvez. O Fluminense estava pronto e todos sabiam disso. Porém dizer que quer não é o mesmo que querer. E foram poucas vezes que no nosso time foi guerreiro este ano. Quem quer de verdade supera muitas coisas até conseguir seu objetivo. Supera dores e limitações. Décadas atrás, tivemos Castilho cortando um dedo para seguir jogando. Em 2010 tivemos Conca jogando o campeonato inteiro (em todos os jogos) com dores no joelho. Tivemos algo parecido com isso em 2013? Não. Apenas contusões e desculpas.
Bem, por um motivo ou por outro deixamos de vencer quatro Libertadores, sendo três seguidas. É claro que não é possível ganhar tudo, mas é inaceitável perder pra si mesmo. Em 2011 tivemos um rato, que fez questão de deixar o time desmontado e em 2012 um juiz, que não teve coragem de enfrentar a torcida da casa. Porém, as derrotas de 2008 e de 2013 foram culpas do próprio Fluminense. Por isso a volta do sentimento do vazio. Um dia, Libertadores. Um dia…
Após o desabafo, agora é vida que segue e ainda temos o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil pela frente. De uma forma ou de outra os resultados tem que voltar a aparecer, seja virando o time ao avesso ou realizando grandes mudanças.
ST!
Nos acréscimos:
– Kennedy e Rafinha viajando com o time é um bom sinal. Mesmo que seja por contusão de outros.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @Rods_C
Foto: AFP Photo / Pablo Porciuncula
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Rodz,eu também me senti dessa forma,só não sabia definir este sentimento,sentimento de vazio…Um dia…Um dia…
Pois é Duilio, é difícil definir o vazio. Talvez seja simplesmente a falta, não sei.
ST!
Rods comenta:
É isso aí, Stefano!
Não Caldeira, não é complexo de vira-lata. Eu acredito que a Libertadores será nossa, mas meu sentimento é verdadeiro. Você não queria que fosse o Flu ali comemorando? Você não concorda que em 2008 e em 2013 só podemos nos culpar?
Estou sendo sincero quando digo que a a falta da Libertadores me dá um vazio. Não quero e nem nunca quis torcer por outro time. Sempre fui Flu em todo e qualquer lugar. Mas quero ver ele ir além.
ST!
Após o jogo, conversei com diversos amigos tricolores (pra ser preciso, 7) e TODOS comentaram que agora só restam Flu e Bosta sem Libertadores e que, sim, todos ficaram chateados com esse titulo. Pode ter certeza, vc não está sozinho neste sentimento. ST.
Tá ficando complicado mesmo, Andrei.
Sei que não estou sozinho, precisamos dessa taça urgentemente. E que seja antes da cachorrada.
ST!
A ferida ainda está aberta…mas será cicatrizada um dia. Estarei vivo para presenciar tal fato……
A nossa a hora vai chegar…”…tudo tem seu tempo…” (Eclesiastes 3)
Saudações Tricolores…..
Renard, é o que eu tb espero.
E espero tb que nenhum outro ano me faça voltar a sentir 2008.
ST!
Putz! Complexo de vira-latas, não! Pelo amor….
Vazio Rods, é essa a palavra. Moro aqui em MG e presenciei a festa da torcida do Galo, que invejinha chata que fiquei. Confesso a vc que dormi mal a noite de quarta pra quinta, aliás nem dormi pra ser sincero. Passei toda a quinta remoendo aquilo dentro de mim, peguei-me na internet assistindo os penais da nossa final em 2008 e me perguntando porque , o que fizemos de errado ?? Porque nossos gols não entraram e os do Galo entraram ?? Os olhos se encheram de lágrimas , ai ouvi mais foguetes na rua, era a torcida do Galo comemorando…Nunca esqueceremos aquele dia, mesmo que ganhemos outra Liberta, aquela era nossa. É duríssimo percorrer todo o caminho, encarar Boca, São Paulo, e cair daquela forma. Fiz uma promessa a mim mesmo, nunca fui ao Maracanã, nunca assisti a um jogo do FLU, quando chegarmos a próxima final da Libertadores vou fazer o impossível mas que vou estar no Maraca vou estar, quero assistir ao vivo nosso maior sonho se concretizar, enquanto isso não acontece, continuemos sonhando…