Assistir aos jogos do Flu não tem sido tarefa fácil para o torcedor. A verdade é que o time não disse ao que veio no ano de 2013. Estamos já no meio de julho e não temos do que nos orgulhar dentro do campo. Até agora estamos jogando um futebol de muito pouca qualidade e os resultados não obtidos fazem justiça ao que temos apresentado.
A verdade é que, afora ver as nossas cores em campo, em momento algum nesse ano foi prazeroso ver o nosso time jogar. Certamente toda a torcida sofreu nesse 1 mês em que foi obrigada a ficar afastada de seu time, mas a volta, contra o Botafogo, serviu como ducha de água fria na volúpia do torcedor.
Esse torcedor, um eterno apaixonado, sempre tem esperança de que tudo possa melhorar e que o time encontre novamente pelo menos o caminho das vitórias. Mas, dado o que foi produzido no sofrível histórico do ano, uma melhora portentosa é quase um caso de magia somente encontrado em um blockbuster de Hollywood.
Do jeito que o ano vem sendo conduzido por diretoria, comissão técnica e jogadores, não há perspectiva de que pratiquemos um futebol digno até o final do ano. Acumulamos erros desde as escolhas feitas ainda na pré-temporada e estamos pagando em campo com eliminações precoces e derrotas inaceitáveis nos campeonatos que disputamos.
Continuando nessa batida, acho que, no máximo, vamos brigar por uma vaga na Libertadores de 2014. Esse é um diagnóstico simples, se utilizarmos a razão para analisar o cenário que se apresenta. Parecem que todos no clube, desde a diretoria até os jogadores, estão acomodados e sem tesão para mudar a pasmaceira geral do ano.
Embora nada apontasse para esse caminho, eu, como torcedor e apaixonado, nutria a esperança de que esse 1 mês, teoricamente dedicado a treinamentos, trouxesse de volta para o time a gana de conquistar as vitórias e os títulos que ficou perdida em algum lugar do passado. Além disso, achei que alguma inovação tática seria implantada em nossa filosofia de jogo.
Veio o jogo contra o Botafogo e a constatação é que nada de diferente vai acontecer enquanto Abel não quebrar alguns paradigmas que permeiam o seu conceito de futebol. E, pelo que vimos até agora, essa quebra de conceitos não será fácil, sendo o mais provável que sequer aconteça.
E aí, eu pergunto: o que fazer?
Minha opinião é de que, no caso de confirmação de que o treinador não irá mudar a filosofia de jogo e os seus jogadores eleitos e intocáveis, que a diretoria deve considerar com seriedade a mudança de comando do time. Certamente nosso treinador foi muito importante nesses quase 2 anos de clube, mas creio que já é hora de se pensar numa renovação de ares nas Laranjeiras.
Hoje o futebol do Fluminense necessita de uma guinada de 180 graus e não vejo isso acontecer sem a substituição do Abel. Há algumas semanas, antes da paralisação para a copa das confederações, já havia defendido a mudança do técnico, por não vislumbrar um cenário diferente com a permanência do Abel.
Não dá mais para o torcedor ter o desprazer de assistir a um time sem formato em campo, onde não há composições básicas na montagem de um esquema tático e, pior de tudo, sem tesão de estraçalhar o adversário. Não dá mais também para meninos com muita qualidade não figurarem sequer no banco de reservas enquanto o torcedor é obrigado a ver “inhos” em campo.
E você, acredita que ainda é possível arrancarmos para o penta?
Marcelo Vivone
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
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Vivone, acho que vamos arrancar para o penta sim, mas não este ano, ou pelo menos não sob o comando deste treinador. Não dá mais. Errar é humano, mas persistir é burrice. Agora – mais do que nunca – não podemos perder a oportunidade de trocar de treinador: o Renato Gaúcho está empregado!
Pensa bem: do jeito que estamos jogando, corremos o risco (claro) de nem classificar pra Liberta. Se o ano de 2013 teve Liberta e o time se comportou assim, imagina um possível 2014 sem Liberta… muito difícil, amigo!
Abs.
Vivone:
Bem lembrada a questão do Renato Gaúcho. Mas acho que nada acontece em relação a mudança de treinador esse ano.
Abraço.