Sei que alguns aqui estão familiarizados com FIFA Soccer, PES e outros jogos eletrônicos de futebol atuais ou antigos. Já joguei muito quase todos eles, mas hoje em dia, por uma série de fatores, é muito raro que eu consiga jogar. Quando acontece dos astros se alinharem e eu conseguir jogar, jogo online com meu amigo-irmão André lá de Brasília. O cara é viciado e joga quase todo dia, o que me deixa como presa fácil, já que mal lembro os controles.
– André, qual é o que corre mesmo? R1 ou o R2?
– Porra cara, já falei mil vezes! Meu controle é todo modificado, mas no seu é R2. O xis toca, o quadrado chuta, o triângulo dá passe em profundidade e a bolinha cruza.
– Beleza, entendi.
Mentira. Aliás, entendi, mas depois de cinco minutos já esqueci. Corro de um lado para o outro, cerco os jogadores dele e até consigo tomar a bola sem dar carrinho. Não sei se é sorte, mas na maioria das vezes funciona e não levo gols. O problema é que eu também não faço. Vou para o ataque, toco pra lá, toco pra cá, saio correndo e cruzo. Ele toma a bola e tudo se repete. De repente eu consigo fazer uma pressão, um contra-ataque, uma jogada linda e na hora de chutar… toco pra trás.
– PQP! Qual que chuta mesmo?
– O quadrado! Aperta o quadrado! Hahahahaha!!!
Pois é, fiz esse relato verídico (sim, verídico) apenas para trazer à tona um problema corriqueiro do Fluminense: ninguém chuta. Aliás, façamos justiça. Jean e Rafael Sóbis chutam. O primeiro deu um tirambaço no primeiro tempo e não sei se foi também o autor daquele chute após cobrança de falta que nocauteou o paraguaio (lá atrás do outro gol, fica um pouco difícil reconhecer quem é quem). Já o roqueiro tricolor, justamente por não ter vergonha de chutar de fora da área, teve seu nome gritado pela torcida.
Após o jogo muito se falou que a posse de bola do Fluminense que como a do Barcelona. Sim, isso é verdade e, assim como eles, ficamos tocando a bola de um lado para outro, pra frente e pra trás. Porém o nosso Messi de Xerém nada fez para entrar driblando pela defesa e finalizar. Detalhe que fez toda a diferença.
Outra coisa que fizemos igual ao Barcelona foi insistir em cruzar no alto quando não podíamos. Todo veículo de comunicação repetiu três ou quatro vezes que a bola alta é o forte deles. Até a filha do Fred (que sempre estava entre três zagueiros) sabia disso, mas ainda assim, o Fluminense mandou cerca de 20 bolas pelo alto apenas para serem cortadas pela zaga. Como eu disse, igual ao Barcelona. No jogo contra o Bayern deu no que deu.
A boa notícia é que a postura paraguaia será diferente em Assunção. Eles continuam se achando favoritos e não serão tão defensivos, enquanto o Flu entrará em campo mordido. Só não dá pra achar que basta jogar da mesma forma. Alguém tem que apertar o quadrado!
ST!
Nos acréscimos:
– Ok, começa domingo a corrida pelo penta. Mas acho que é bobagem concentrar esforço nesse jogo. Espero que o Abel mantenha o discurso, nossos reservas e juniores são mais que capazes de vencer o Patético Paranaense.
– Será que não tem nenhum time Ucraniano querendo levar o Bruno na próxima janela?
– Rhayner é um monstro. Monstro de superação, de comprometimento, de vontade, de gás e de garra. Mas ele precisa fazer um treino específico para desenvolver habilidade e capacidade de finalização. Espero que isso seja feito e ele se torne um grande nome tricolor. Cafu não sabia cruzar…
– Eu fico tanto tempo sem jogar que pode ser que tenha feito confusão com o que cada botão faz aqui mesmo no texto.
O problema, caro Rods, é que a Conmebol, que usa versão de jogo diferente, aperta cima-cima-baixo-baixo-esquerda-direita-esquerda-direita-B-A-Start e transforma todos os juízes em cachorros.
Daí só Allejo para salvar!
Acho que cabe uma faixa da torcida: APERTEM O QUADRADO!
Rods comenta:
Hahahaha! Excelente Walace! Tô rindo, mas é por aí mesmo.
Como você bem disse, só Allejo salva. No Flu, tem que ser ele e Janco Tiano + 9.
A faixa ficaria ao lado da “Lutem até o fim”
E a torcida canta: ô ô ôôô… aperta o quadrado!