Medalha de ouro! (por José Augusto Catalano)

As olimpíadas expõem uma característica marcante dos brasileiros: não vamos bem em esportes individuais. Nossos expoentes nas piscinas, tatames, quadras de tênis, são exceções. Foras de série, fenômenos, ídolos. Nos esportes coletivos, ao contrário, temos tradição. Principalmente no futebol.

Qual a diferença? Certeza de que nosso atletas treinam tanto quanto os rivais estrangeiros. Então, o que desliga? Por que os adversários se superam mehoram seus tempo nas piscinas e os nossos pioram? O que faz o líder do ranking mundial cair de bunda e levantar estupefato?

Cuca!

A mesma cuca que intimida os adversários da Seleção Brasileira e que leva os jogadores brasileiros, por mais medíocres que sejam, a acreditar que são melhores e superiores a qualquer outro da galáxia. Imagine a seguinte cena: você, médico, volta de férias pro hospital em que trabalha e vários dos seus pacientes pioram. Seu chefe, então, pergunta o que está acontecendo. Estou fora de forma, chefe. Daqui a uns 15 dias, começo a acertar os medicamentos e curar os doentes. A gente ouve isso no futebol todo dia, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Aqui no Brasil. No estrangeiro, tal atitude num médico é tão impensável quanto no futebol. Por isso, N brasileiros, craques para a nossa imprensa ufanista, profissionais só no nome e nos bolsos, estão de volta ao nosso futebol, tomando caipisaquês, promovendo orgias e enganando em nossos times.

Cada país tem suas características, que podem ser identificadas em seus cidadãos. O mesmo ocorre com os times de futebol. Pensando um pouco, cada qual tem as suas características marcantes. Aqui por perto, tem o time da torcida que foge. Que troca de roupa quando perde e que pulula dos esgotos quando ganha. E o da empáfia.

E ai acontece a surpresa. Há medo e silêncio. As trevas parecem se aproximar. Não, o silêncio não é referência às linhas cortadas e as trevas não são ao corte de luz. Mas ao caminhar célere em direção ao abismo. Permaneçamos vigilantes: arbitragens e decisões vão lhes beneficiar, mas permaneçamos confiantes. Poderemos ter carnaval em Dezembro.

Dias melhors pra sempre!

Abraços

José Augusto Catalano